2025 – abr / mai / jun
GUIMARÃES DRAG FEST V | RETIRO AFTER PARTY
07.06 | GDF 21h 5€ | RAP 23h30 5€
Festa em dois momentos.
O primeiro começa às 21h com GUIMARÃES DRAG FEST V .
Kristal Queen, Poison Dragnada e Nussy prometem criar grandes emoções com suas performances. O som será da responsabilidade de SNIEL e PEDRO PHERNANDES.
Um segundo momento surge pelas 23:30, o RETIRO AFTER PARTY.
Mais uma vez, a BlackBox do CAAA recebe o After depois das festividades no Largo do Retiro dando continuidade à festa organizada pelo @_oretiro
A festa seguirá ao som do Roberto e Kalinini.
PERSONA 77 | WILDCHAINS
30.05 | 23h | 5€
Afirmando-se como uma banda indie a navegar nas águas do rock alternativo, os PERSONA 77 caracterizam-se pelos concertos intensos, em que a variedade de influências do grupo se mesclam numa experiência única.
Estreiam-se, em 2024, com o seu primeiro disco, “Senta-te”, um álbum ancorado no indie rock, mas misturado com as mais variadas influências, desde o bossa nova, o spoken word ou o punk. A apresentação ao vivo foi realizada na Casa da Música Jorge Peixinho e contou com lotação esgotada.
Nos últimos 2 anos, o grupo tocou um pouco por todo o país, desde festivais como o Sons no Montijo, Avante, Snow Black ou Indietuga; até a salas como o Salão Brazil, Cine-Incrível Almadense, Paranoid, Tokyo ou Titanic Sur Mer.
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Os WILDCHAINS, formados em 2021 em Braga, misturam rock clássico e metal moderno, criando uma sonoridade única. Com Rangel (voz), Wizro e Nobre (guitarras), Tuito (bateria) e Louro (baixo), destacam-se por atuações enérgicas e interação com o público. Já tocaram em festivais importantes e venceram concursos como UMplugged e Distorção. Após o single de estreia “Chaotic Needs” (2021) e o EP “The Underground Inn” (2023), preparam o lançamento do primeiro álbum, liderado pelo single “Another Lie”.
SUNFLOWERS | MAQUINA
31.05 | 23h | 10€ venda antecipada pela BOL
Os Sunflowers são um power trio do Porto, formado há uma década, conhecido pela sua energia bruta e psicadelismo inquieto. Com Carlos de Jesus na guitarra e voz, Carolina Brandão na bateria e Frederico Ferreira no baixo, a banda cria uma sonoridade que mistura garage rock, art punk e noise rock, resultando numa experiência abrasiva e hipnótica. A sua música caracteriza-se por riffs distorcidos, ritmos frenéticos e letras enigmáticas e viscerais. Os concertos dos Sunflowers são descritos como rituais elétricos, onde o caos e o barulho se transformam em arte, deixando uma marca de energia indomável na cena independente portuguesa.
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A MAQUINA. é um trio de Lisboa, composto por João Cavalheiro, Tomás Brito e Halison Peres, que se destaca na cena musical portuguesa e europeia pelas suas performances energéticas que misturam cultura de dança e música alternativa. Influenciados por Krautrock e Techno Industrial, mas com incursões no noise e música eletrónica, realizaram mais de 140 concertos em dois anos, incluindo duas tours europeias, e lançaram dois álbuns: “DIRTY TRACKS FOR CLUBBING” (27 de janeiro de 2023) e “PRATA” (pela Fuzz Club Records). A banda também se apresentou extensivamente em Portugal. Um aspeto distintivo dos seus concertos é a ausência de máquinas e cliques, privilegiando a energia dos instrumentos ao vivo para criar uma experiência visceral para o público.
Visita-oficina “Vem Cá” | Sessão de escuta Luca Argel
Domingo, 25 de Maio, 11h00
Visita-oficina “Vem Cá”
A visita-oficina “Vem Cá” é o encontro informal e lúdico com uma exposição. Uma experiência interativa que pressupõe que todos temos sempre uma nova camada a acrescentar.
Esta sessão explorará a exposição ROOTS, refletindo sobre o colonialismo e escravatura aos olhos de hoje. ROOTS evoca as raízes que estabelecemos com o sítio de onde vimos, mas também as novas raízes criadas com o sítio para onde vamos.
Todos são bem-vindos!
Inscrições: geral@centroaaa.org
Domingo, 25 de Maio, 15h00
Sessão de escuta orientada por Luca Argel
O samba como resistência. O som como procura, encontro, reflexão. O ritmo como veículo de comunicação de ideias, de sentimentos de palavras.
Esta será uma sessão de escuta, um momento de conversa com Luca Argel em torno do seu álbum “Samba de Guerrilha”, que recupera sambas de resistência que foram abafados pela censura da ditadura militar do Brasil.
Sobre o Álbum “Samba de Guerrilha”: https://lucaargel.com/release/samba-de-guerrilha/
Luca Argel é um cantautor e escritor carioca, em trânsito por Portugal há mais de 10 anos, onde também criou raízes. Seus projetos artísticos conciliam pesquisa histórica, ativismo político e experiências musicais que desconhecem fronteiras.
No Brasil, licenciou-se em música e foi professor em escolas públicas e ONGs. Em Portugal, enquanto cursava o mestrado em Literatura, iniciou a carreira profissional nos palcos, cantando com os grupos Samba Sem Fronteiras e Orquestra Bamba Social, com quem ainda cultiva e dissemina um grande amor pelo samba, gênero fundamental em seu percurso.
Concilia a atividade musical com a literária, que já lhe rendeu a publicação de livros de poesia no Brasil, Espanha e Portugal, tendo sido um deles semifinalista do Prêmio Oceanos em 2017. Também escreve música para espetáculos de dança, cinema, e produziu programas de rádio e podcasts dedicados à música brasileira.
Tem 6 álbuns lançados, com os quais já circulou em turnês por Portugal, Espanha, França e Macau, passando por palcos como o Rock in Rio Lisboa; Théâtre du Châtelet; Festival de Músicas do Mundo de Sines; e o Festival da Canção RTP, onde levou até à semifinal uma composição sobre a xenofobia e o preconceito contra imigrantes que tanto tem crescido em todo o mundo.
Inscrições: geral@centroaaa.org
O programa Vem Cá é orientado pela ondamarela
a ondamarela é uma estrutura artística que encontra nas pessoas e nos lugares a inspiração para o desenvolvimento dos seus projetos.
Acreditamos que provocar a experiência de criar um objecto artístico totalmente novo e original com a participação efectiva das pessoas, das suas histórias, das suas angústias, das suas vontades, na relação com os seus lugares, gera transformações importantes no caminho de uma democracia cada vez mais forte.
Sediados em Guimarães, em atividade desde 2015, centrámos sempre a nossa ação em práticas participativas e criação artística comunitária, em diversos âmbitos: performances de comunidade (espetáculos de música, de teatro, dança, vídeo-arte), programação/curadoria cultural, oficinas educativas, jogos, conversas, objetos de mediação e formação.
Temos trabalhado com uma grande diversidade de organizações em Portugal e no estrangeiro – municípios, museus, teatros e redes de teatros, centros culturais, capitais europeias da cultura, fundações, escolas, direcções regionais, agências de desenvolvimento, festivais e empresas.
A ondamarela foi galardoada com o Prémio Acesso Cultura 2019 – Acesso Social e Intelectual.
Entusiasma-nos o encontro, a escuta, o confronto, o compromisso, na partilha e na criação de novas comunidades: a comunidade como “sentimento de nós”.
YTTERLAND | KESHERUL NEG PINEG
23.05 | 23h | 8€
Sture Ericson (saxofone, clarinete)(SE), Henrik Olsson (guitarra) (SE) e Håkon Berre (percussão) (NO) são YTTERLANDET.
YTTERLANDET significa país exterior. Oriundos do remoto norte da Europa, três exploradores estão a combinar a sua própria receita de improvisação. Convida-se os ouvintes curiosos a vivenciar as descobertas da sua química sonora – onde o ouvido pode ser exposto a paisagens desconhecidas, bem como reminiscências de free jazz e noise. Uma paleta sonora com ingredientes como: guitarra audaciosa, saxofone/clarinete opcionalmente preparado e/ou desconstruído, e um campo alargado de percussão com elementos intencionais ou não intencionais para a música. A cada vez, uma nova imagem sonora é delineada na tela em branco do tempo. E, curiosamente, a imagem que se manifesta não terá a mesma aparência/som para quaisquer dois ouvintes…
O trio já se apresentou em diversos clubes e festivais na Dinamarca, Noruega, Suécia e Holanda, e também realizou uma digressão de duas semanas no Japão em 2018.
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Petr Vrba (trompete, electrónica) e Peter Orins (bateria) são a dupla franco-checa KESHERUL NEG PINEG.
Desafiam o reducionismo ritual, apresentando grooves psicadélicos que oscilam entre o inquietante e o sombrio. Através de projecções frenéticas e paisagens sonoras atmosféricas, a sua música mantém-se imprevisível, caracterizada por uma energia abundante e reviravoltas surpreendentes. Os dois músicos exploram a desorientação dos sentidos, criando ilusões e deceções ao manipular os seus instrumentos, que incluem um trompete estendido, um sintetizador analógico vertiginoso e percussão preparada. Ativistas da música improvisada e experimental, conheceram-se em Praga em 2015 e, desde então, têm vindo a desenvolver múltiplas colaborações e intercâmbios, como se pode encontrar em projetos como Toc & The Compulsive Brass e Butcher’s Cleaver.
RUMIA | Dj Set RITALIN
24.05 | 23h | 5€
A cantora e compositora Rumia regressa com o seu aguardado segundo álbum de estúdio, ‘Old Enough To Save Myself’, um disco introspectivo, onde a electrónica pulsante dos anos 90 se funde com a intimidade dos sons orgânicos, criando um universo sonoro tão íntimo quanto expansivo.
Composto por 12 temas, o álbum revela a versatilidade e maturidade artística de Rumia, expandindo-se entre ecos de nostalgia e promessas de renovação, melodias que abraçam a dúvida e ritmos que desenham novos caminhos.
Interpretado maioritariamente em inglês, o disco surpreende com uma versão única de ‘Desfado’, canção icónica de Ana Moura, aqui apresentada com uma nova leitura e um toque profundamente pessoal da artista. A diversidade linguística estende-se ainda ao espanhol, com ‘La Chica de Ningún Lugar’, onde Blanca Pereira reflecte sobre a escolha de cantar em inglês. ‘Emergency’, ‘Shift in the Air’ e ‘Role Model’ completam o alinhamento de singles já revelados, temas que têm vindo a conquistar espaço em várias rádios nacionais.
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RITALIN
Cantigas do Maio com umas notas de fim do mundo, uns laivos de esperança, uns apontamentos de shoegaze e uma pitada de tribal.
GATO BOMBAIM | GROWING CIRCLES
16.05 | 23h | 5€
“Mais Perto de Acabar”, o álbum de estreia dos GATO BOMBAIM, banda rock de jovens da geração de 80, debruça-se sobre a maturidade e a desilusão ao confrontar o mundo real após os trinta anos. O disco explora a busca pela juventude perdida e o esforço para preservar os sonhos. Aborda a ânsia de viver intensamente versus o descontentamento de não o fazer plenamente, a dificuldade em saborear tudo e em libertar-se de obrigações opressoras. Reflete sobre a urgência do tempo, que parece correr à frente, deixando pouco espaço para recordar o passado e acumulando tarefas inacabadas. As canções evocam a consciência da mortalidade, oscilando entre o medo e a coragem, a pressa e a resignação, dependendo do estado de espírito. Muitas vezes, dirigem-se a relações afetivas passadas e presentes, que influenciaram o percurso da vida. O álbum revela autocrítica e crítica social, sentimentos de frustração e esperança, retratando a instabilidade entre períodos de tranquilidade e turbulência. Em suma, “Mais Perto de Acabar” é um álbum que, apesar de convidar a uma escuta atenta, transmite uma constante agitação nas suas músicas.
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Os GROWING CIRCLES surgiram em 2012 após o fim do projeto Dark Memory, com os membros fundadores André Oliveira (bateria), Paulo Guimarães (baixo) e Ricardo Meira (guitarra) a procurarem novas sonoridades. Durante dez anos, o grupo desenvolveu a sua identidade musical, com influências de grunge, rock progressivo e post-rock, integrando também elementos sombrios dos Dark Memory, o que levou à criação das suas primeiras músicas. Em 2022, David Cunha juntou-se como vocalista. Em 2024 lançam o single “Let Me Go”.
Parte dos lucros de bilheteira são a favor da SPAG
NOT ALL TAILS | OFFTIDES
17.05 | 23h | 5€
O projeto musical Not All Tails (NAT) surgiu de uma vontade de criar e descobrir, representando uma alternativa à passividade. Inicialmente, numa comunidade eslovena, Vasco da Gama e Sofia Lourenço deram os primeiros passos com recursos básicos. Já em Portugal, Daniel Tércio e Nuno Camelo juntaram-se ao projeto, transformando as ideias iniciais em composições concretas, o que culminou no primeiro álbum, “No More Time”.
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STRESS VS RAZÃO VS RAIVA VS LOUCURA VS AMOR Estes são os 5 elementos que se repetem infinitamente. As músicas de OFFTIDES pegam no conceito do stress do trabalho, da vontade de fugir, da tentativa de racionalizar o sistema, da raiva para com a humanidade. Estes pensamentos vão-se transformando em loucura, à medida que a frustração se acumula, terminando com uma mensagem de amor próprio que apazigua e acalma. Tudo isto voltando sempre à casa de partida. Lap Year é o álbum que passa por todas estas fases e pega em cada um destes temas, explorando toda esta realidade alternativa bizarra em que vivemos, como se caídos num continuado “e se?”, que parece não ter fim. Tudo isto está na inquietação dos feedbacks das guitarras, nos gritos de chamamento à razão, no ritmo bruto e cru, no alucinado ruído electrónico e no calor de um grave harmonioso. OFFTIDES é o encontro de marés criativas, que uniu músicos de diferentes bandas que sempre conviveram nos mesmos círculos. Henrik Beck, Vasco Tudela e Chico Almeida dos The Faqs juntam-se a Pedro Jimmy Feio dos FUGLY, na guitarra e electrónica, e Diogo Pereira no baixo. Esta união convergiu-os num só bloco de emoções que são uma chapada de realidade, mas sempre com a ternura dos braços abertos de quem está aqui para ouvir.
Laboratório de Pensamento Afrodiaspórico Mulheres do Atlântico: diálogos X entre Beatriz Nascimento e Djaimilia Pereira de Almeida
17.05 | 15h
O Mulheres do Atlântico, clube de leitura e debates voltado à literatura africana e afrodiaspórica produzida por mulheres, imagina um encontro entre duas escritoras negras diaspóricas: Beatriz Nascimento (Brasil) e Djaimilia Pereira de Almeida (Portugal). O espaço da conversa-ação será Ôrí, palavra yorubá para “cabeça” ou “consciência”, que, no espelho atlântico, torna-se “Consciência Negra”.
A proposta deste workshop transdisciplinar parte de textos de ambas as escritoras e de trechos do filme Ôrí, dirigido por Raquel Gerber e concebido com base nos escritos da historiadora Beatriz Nascimento, que também atua como narradora do filme. A intenção é articular a produção teórica e artística dessas autoras com a reflexão sobre a construção da consciência afrodiaspórica, em diálogo com a pergunta: a sujeita em trânsito tem raízes?
Dessa forma, desejamos abrir espaço para escuta, troca e construção conjunta de pensamento, onde as fronteiras entre teoria, arte e experiência possam se diluir.
Para o workshop, serão disponibilizados previamente, de forma digital, os textos-base para a conversa, além de um guia de leitura com perguntas-chave que servirão como orientação para a criação de caminhos entre os textos e o filme.
Inscrições: geral@centroaaa.org
ROOTS_Blackson Afonso, Engénia Mussa, José Miguel Gervásio, Márcio Carvalho
10.05 | 15h | até 31 de Maio
A Exposição ROOTS – Raíses e Pós-memória será exposta no CAAA Centro para os Assuntos de Arte e Arquitectura, em Guimarães, no dia 10 de maio às 15h. Esta inauguração será marcada pela conversa com A. Pedro Correia (Curador da Residência Artística ROOTS e Artista em Residência Anual no LAC), Gibson Ferreira (Artista CAAA), José Miguel Gervásio (Artista participante na edição ROOTS 2024), Ricardo Cruzes (Artista em Residência Anual no LAC), e Sara Borges (Coordenadora do Serviço Educativo do LAC e Artista em Residência Anual no LAC) que irá também realizar uma visita mediada durante a inauguração.
10 de Maio, 17h / Conversa com Artistas LAC & ROOTS:
→ A. Pedro Correia (Curador da Residência Artística ROOTS e Artista em Residência Anual no LAC) @a.pedro_correia
→ Gibson Camelo Ferreira (Escritor e Pesquisador – CAAA)
→ José Miguel Gervásio (Artista participante na edição ROOTS 2024) @jmgervasio
→ Ricardo Cruzes (Co-Curador das Exposições Itinerantes do LAC e Artista em Residência Anual no LAC) @ricardo_cruzes
→ Sara Borges (Coordenadora do Serviço Educativo do LAC e Artista em Residência Anual no LAC) @mad_fildz
17 de maio às 15h / LABORATÓRIO do Pensamento Afrodiaspórico com Hannah Bastos / Mulheres do Atlântico: Diálogos X entre Beatriz Nascimento e Djaimilia Pereira de Almeida
+ info: www.lac.org.pt / inscrições: geral@centroaaa.org / Participação gratuita
25 de maio às 11h / VISITA OFICINA “Vem Cá” orientado por @ondamarela
+ info & inscrições: www.lac.org.pt / Participação gratuita
25 de maio às 15h / SESSÃO DE ESCUTA com Luca Argel @lucargel
info & inscrições: www.lac.org.pt / Participação gratuita
OFICINAS_CASA DAS COISAS | PAUSA
10 de Maio
Oficina com famílias_Casa das Coisas
com Joana Ribeiro
10h>12h
Os espaços onde moramos guardam sempre um lugar especial na nossa memória, são lugares que nos moldam e que são também moldados por nós. Por onde é que se começa a construir uma casa? O que é que fazemos nas diferentes divisões da casa, e que coisas precisamos de ter lá dentro? Aqui vamos começar pelo chão e imaginar o resto. Vamos todos ser arquitetos, decoradores e moradores desta casa de brincar que vai dar que pensar!
Palavras-chave: casa; planta; jogo
Conceção e orientação equipa de mediação do Centro de Arte Oliva
Duração 120 min
Lotação mínimo 5, máximo 10 participantes (nota: até máximo de 12/15 participantes na totalidade dos agregados familiares)
Público-alvo famílias (crianças a partir dos 6 anos e adolescentes acompanhados por adultos)
Inscrição geral@centroaaa.org
Actividade gratuita
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PAUSA
com Miguel Almeida
15h>15h30
Ana Vieira – o dentro do dentro
Numa sala escura o espectador é convidado a entrar com uma lanterna na mão. Com ela percorre o espaço e desvenda segredos.
Na obra de Ana Vieira, somos frequentemente convocados à participação. Nesta sessão partimos da instalação “As Chaves” (2008) para conhecer o trabalho da artista e a sua relação com o espaço doméstico – um território simbólico que materializou de várias formas.
MARTA LIMA
09.05 | 23h | 5€
MARTA LIMA editou em 2023 o EP de estreia, “Murmúrio”, e realizou mais de 30 concertos, chamando a atenção do público e da crítica. Além da edição do primeiro curta duração, as participações no NOS Alive, Festival F, a abertura do concerto de Vitor Kley no festival “Arte Doce”, em Lagos, e um dueto com Buba Espinho, num espetáculo no Centro Cultural de Lagos, representam, até à data, os pontos altos do promissor início de carreira de Marta Lima.
Já em 2024, abriu o concerto d’Os Quatro e Meia na Semana Académica do Algarve, a convite de Joana Alegre atuou no Teatro Amélia Rey Colaço, no espetáculo “LUAS” acústico, com Mila Dores, Elisa Rodrigues e Tainá, e lançou o aclamado single ‘Passos Marcados’, com airplay na Antena 1, Antena 3 e TSF. Edita agora ‘Postal em Branco’, título do segundo EP da cantora e compositora, já disponível em todas as plataformas digitais.
WOLF MANHATTAN | MONDAY
10.05 | 23h | 10€
WOLF MANHATTAN prepara-se para levar o seu mais recente disco “Real Life Is Overrated” à estrada, numa série de concertos em maio que passam pelo Porto, Guimarães e Lisboa.
A tour arranca no Maus Hábitos, no Porto, a 9 de maio, segue para o Black Box do CAAA, em Guimarães, a 10 de maio e termina na capital, na Galeria Zé dos Bois (ZDB), em Lisboa, a 16 de maio.
As noites de Guimarães e Lisboa contarão ainda com a participação especial de Monday (Catarina Falcão) como convidada especial — ela que também participa no disco — e que se junta a Wolf Manhattan para tornar estas duas datas ainda mais especiais. Os concertos prometem trazer ao palco o universo cru e melódico de “Real Life Is Overrated”, com espaço para surpresas e colaborações ao vivo.
Wolf Manhattan é um produtor que, numa época não específica, vivia acima de uma loja no centro de Nova Iorque. Rodeado pela colecção de discos do tio, um gravador de 4 pistas e uma guitarra dos anos 50, descobriu que a única forma de acalmar a solidão seria ouvir vozes periféricas mas principescas do garage, do indie e da pop.
Uma verdadeira criação do inquieto músico, compositor e produtor João Vieira que depois de marcar o panorama musical nacional com projectos como os X-Wife, as festas Club Kitten e o alter-ego electrónico White Haus, regressa agora
transfigurado na personagem Wolf Manhattan.
O resultado são canções despojadas que falam de corações partidos, dúvidas e dívidas pessoais, más decisões, sonhos perdidos e empregos precários.
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O segundo álbum de MONDAY, “Underwater, feels like eternity”, é uma coleção onírica de faixas com arranjos delicados que encapsulam em si um período de reflexão profunda e reclusão na vida da artista.
Produzido pela própria, Monday apresenta-nos um disco que narra uma história de auto-conhecimento e aprendizagem, uma aceitação da nostalgia da despedida da década dos vinte e de relações passadas. Acima de tudo este conjunto de canções é uma ode à nossa independência, não só um fazer as pazes com as incertezas da vida, como saber a aproveitá-las.
800 GONDOMAR | AMIJAS | OUBLÁ EM SÍTIOS
30.04 | 22h | 10€ (concertos) + 3€ (oublá)
800 GONDOMAR, de Rio Tinto, são um tour-de-force de rock garageiro e distorcido,infame pelas suas performances enérgicas e disruptivas, movidas por canções fortes, que misturam o caos barulhento do presente c o m um revivalismo muito particular. Com um historial de centenas de apresentações por Portugal e Europa, e concertos em
horário nobre e m festivais como o NOS Alive e o Vodafone Paredes de Coura, estão recentemente regressados duma enorme digressão japonesa de 18 datas.
Pela primeira vez, trazem o mais recente LP São Gunão a Guimarães.
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As AMIJAS nascem em 2022 no seio do coletivo Galéxia, em Braga, partilhando orgulhosamente casa com muitos projetos onde acabam por ir beber (The Nancy Spungen
X, Navegantes da Rua, Capela Mortuária, Vai-te Foder, entre tantos outros).
Têm como base e estrutura um rock descomprometido e enérgico, onde se adicionam instrumentos de sopro, texturas eletrónicas e cantoria a duas vozes. Influenciadas por
vários géneros – do rock ao pimba, do punk ao pop – acabam por não caber em nenhum e sentem-se livres nessa indefinição.
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CHEB MIMO_DJ, curador, escritor, com raízes na Tunísia e na Argélia. Cresceu na Tunísia e já viveu no México e em França antes de se fixar em Londres. Ao longo do caminho, desenvolveu uma abordagem única ao DJing, que junta pesquisa musical a fundo com aquela energia de pista de dança.
É um verdadeiro selector multi-género – os sets dele misturam sons de todo o mundo, mas têm sempre uma base forte nos ritmos e melodias do Norte de África e do Médio Oriente, os sons que fazem parte da sua herança.
NINFA | SALA 7
02.05 | 23h | 5€
Os NINFA são uma banda de rock português oriunda de Aveiro, mais precisamente fundada em Avanca. No entanto, quando nasceu, em 2021, foi batizada com outro nome: Cerial Quiller. Ironicamente, é o nome Ninfa que vem matar o Cerial Quiller, já que, como todos sabemos, é na sedução fatal das ninfas que se esconde o monstro… A banda apresenta o novo nome em 2025, ano em que lançam o seu mais recente EP punk “Come-Cola”. No entanto, não é apenas o punk que define esta banda. Os Ninfa trazem um som energético e dançante que conta com influências desde o hard rock, ao pop, ao metal e até mesmo ao jazz. Prometem uma performance que espelha o seu nome: por vezes bela e outras agressiva, com espaço para mosh-pit mas também slow dancing, num equilíbrio perfeito entre o caos e a harmonia.
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SALA 7 são uma banda de Guimarães composta por António Abreu, Gonçalo Alves, Gonçalo Lobo Marques e João Faria. Numa mistura de Rock, Funk e Blues, a banda Vimaranense funde o instrumental cru e a voz poética numa procura de expressar a inquietude que faz parte de viver.
THREE OF ME | IN WE FALL
03.05 | 23h | 6€/12€ (Entrada + CD Three of Me)
THREE OF ME , uma banda de Heavy rock do Porto, formada no final de 2019 e composta por Ricardo Dourado, Miguel Dourado, T J Abreu e João Chaves.
Tiveram a sua estreia em palco Em Fevereiro de 2020 e desde então já percorreram várias salas pelo país, incluindo uma lotação esgotada na apresentação do seu primeiro trabalho no Metalpoint.
Nese percurso, partilharam placo com grandes nome do rock e metal português desde R.A.M.P., Sevent Storm, Godiva, Godark, Kandia, The Insane Slave, Ionized, (entre muitos outros) e marcaram presença nos festivais Riverstone e The Skull Room Rockfest
O seu LP de estreia “Black Dog” foi lançado a 21-03-2021, disponível em formato físico e em todas as plataformas digitais através do The Skull Room RECORDS .
A 9 de Novembro de 2024 lançaram o seu segundo trabalho “Silence in the attic” e estão neste momento a preparar os concertos de apresentação deste novo álbum.
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IN WE FALL é uma banda de metal alternativo oriunda de Vila Real, Portugal que teve a sua origem no final de 2022 após uma conversa entre Carlos Carneiro (guitarra) e Frederico Lopes (bateria) sobre começar um projeto de raíz. Pouco tempo depois, foram adicionados Daniel Moreira (voz & guitarra) e Luís Almeida (baixo). Em 2023, estrearam o palco enquanto banda no Festival de Inverno “Boreal”, ao lado de outras bandas portuguesas, bem como a banda americana The Last Internationale.
O seu álbum de estreia “Inner Self” foi lançado no dia 13 de dezembro de 2024 e explora conceptualmente um espectro de temáticas, desde as consequências da guerra até às múltiplas facetas das relações pessoais que estabelecemos com outros e nós mesmos.
MUST BE BLUE | DUVALE
26.04 | 23h | 5€
MUST BE BLUE são um duo electrónico oriundo da cidade de Vizela formado em 2023, composto pelo multi-instrumentista Pedro Caldas Costa e pela voz de Maria Damasceno.
Lançaram o seu primeiro trabalho homónimo em Janeiro de 2024, e em Dezembro do mesmo ano laçam o single “Cold Fire” que marca uma transição sonora em direção ao seu mais recente EP com o nome “No Followers, Please”, onde se mostram numa perspetiva assumidamente mais electronica inspirada no Darkwave e Minimalwave que promete fazer-nos abanar a cabeça.
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Genuíno, enigmático e natural, assim se poderia definir a sonoridade de DUVALE.
Inspirado pelas origens e pelo bucolismo da Natureza, Nuno (voz e guitarra) moldou desde cedo uma paixão constante pela música. Ela é acentuada (como o próprio refere) numa “poesia melódica” presente nas suas composições e com especial dedicação ao seu alter-ego “misterioso”, Duvale.
Agora, constituído por três músicos, o coletivo de Vizela tem uma nova dimensão. Mais épica e abrangente, numa perspetiva arrojada, mantendo sempre o lado enigmático presente.
É uma nova abordagem na musica alternativa, com apontamentos subtis e diluídos no étnico, onde a guitarra clássica serve de regaço sinfónico aos restantes instrumentos. Duvale pode caracterizar-se como uma viagem quase permanente entre a melancolia camuflada e o desafogo selvagem. A voz, sem impor uma mensagem, lembra um dialeto próprio. Marca uma presença poética sem verbo, que é sentida na melodia, transformando, assim, todo o espectro sonoro numa linguagem universal (*Música).
MARQUISE | LESMA
18.04 | 23h | 5€
Bilhetes à venda na BOL
MARQUISE é uma banda nascida no Porto. Mafalda Matos (voz), Miguel Azevedo (baixo), Matias Ferreira (bateria) e Miguel Pereira (guitarra) criaram o projeto em 2022, lançando em março de 2023 um EP de estreia que rapidamente consolidou a banda no panorama musical português. Depois de mais de um ano de concertos, a banda prepara-se para o lançamento do novo e primeiro álbum de longa duração, “Ela Caiu”, com uma tour de concertos de apresentação durante o ano de 2025. O álbum será lançado no dia 28 de Fevereiro do mesmo ano.
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LESMA é uma banda emergente que quer fazer barulho para as pessoas dançarem, cantarem e partir tudo até mais não. Os seus membros, Bia, Leonor e Rita, oriundas da Margem Sul e Sintra, trazem as suas influências de diferentes géneros musicais que criam o seu apocalipse sonoro.
MANUEL DE OLIVEIRA
19.04 | 22h | 15€
Bilhetes à venda na BOL
LOOPING SOLO é um concerto onde Manuel de Oliveira adapta uma seleção de obras da sua autoria a um formato de concerto a solo. Recorrendo a uma tecnologia que lhe permite gravar uma série de sons em tempo real, é de maneira sublime que Manuel de Oliveira, com uma
guitarra, uma braguesa e algumas percussões, nos faz imergir numa viagem ao seu universo musical, único.
Poderíamos dizer, se o silêncio fosse selvagem – o que o é por vezes – que o Manuel é encantador de silêncios e que os nossos ruídos internos são domados pela sua conversa a solo.
Tempos antes das plateias dos teatros se encherem de espectadores, existe, por estranho que possa parecer, quem dialogue com o silêncio que reside nesses espaços aparentemente vazios. Imaginando a investida dos sons dos passos, das locomoções até às cadeiras e dos
burburinhos da surpresa dos encontros à chegada, cumprimentam o silêncio, iniciando um ritual que acalma a ânsia que recai sobre ele.
Manuel de Oliveira coloca-se na ala primeira: a que fica entre o que se ouve e o que há para se ouvir. Dialogando com o silêncio, assegura-lhe compreensão e companhia no decurso do estrilho. Ora entre o silêncio e o espectador, ora entre o espectador e o som, face à afonia dos espaços, este compositor mune-se do seu instrumento feito voz e
mostra-nos como conversa com o silêncio sem sequer abrir a boca.
Poderíamos dizer, se o silêncio fosse selvagem – o que o é por vezes – que o Manuel é encantador de silêncios e que os nossos ruídos internos são domados pela sua conversa a solo.
Texto de Edu Mundo
BLACKBOX LOUNGE
11.04 | 21h30 | 2€
11 de Abril a BlackBox do CAAA entra em modo lounge com os djs CO2 e HIGHLANDER.
A música começa a rolar a partir das 21:30.
Entrada 2€ com oferta de uma cerveja.
Black Hole _ Rudolfo Quintas
Inauguração 5 de Abril 15h | até 3 de Maio
Black Hole é uma instalação audiovisual imersiva ativada pelo movimento corporal. Concebida como um espaço de fronteira que une o tempo linear e o não-linear, bem como a experiência física e o intangível, cria um ambiente híbrido visualmente inspirado por imagética cósmica. Baseada numa pesquisa fenomenológica que o artista realizou em co-criação com pessoas cegas, a instalação explora como o som pode construir uma nova imagem mental do corpo – uma imagem que transcende o género, a idade e as barreiras, definindo-se e fortalecendo-se através da linguagem do movimento.
Experiência:
Ao entrar na instalação, os visitantes são recebidos por uma composição audiovisual generativa que se repete continuamente, evocando uma sensação linear de espaço-tempo. A obra oferece um ambiente contemplativo, onde inumeráveis partículas de luz traçam movimentos gravitacionais em torno de um vazio circular e negro central. À medida que os participantes avançam mais profundamente neste “buraco negro”, perdem gradualmente a sua referência visual fixa, transformando o encontro num diálogo participativo. Elementos visuais minimalistas, inspirados no celestial, e sons cuidadosamente refinados são animados pelo movimento humano, criando um espaço de liberdade e exploração que convida à redescoberta e à autoconsciência. Esta experiência imersiva envolve os sentidos, expandindo a perceção física do corpo e aprofundando estados alterados de consciência.
Nesta obra, Quintas explora o que desiga por “Incorporação Cósmica” – a ideia de que a expressão corporal pode ser traduzida em som através da integração de imagética cósmica. Aqui, os sons são compostos e organizados através de um diálogo intuitivo e emocional entre o movimento e as emoções evocadas pela escuta ativa, resultando numa música orgânica, contínua e visceral que funciona como um retrato emocional de cada participante.
Bio
Rudolfo Quintas é um artista visual português que analisa criticamente as crescentes intersecções entre a cultura e a tecnologia. As suas investigações artísticas abordam o impacto da tecnologia nas esferas social, política e psicológica, propondo obras de arte enquanto interfaces que escrutinam e exploram esta complexa interação.
Num diálogo contínuo entre o físico e o digital, Quintas tem investigado extensivamente o corpo e o comportamento enquanto interfaces, o impacto da sobrecarga de informação e comunicação na saúde mental, e as implicações dos sistemas autónomos de poder e controlo na democracia. Estas investigações artísticas levaram-no a formular metodologias de processo criativo centradas no ser humano e de cariz transdisciplinar, tais como “Augmented Body”, “Sensitive-contexts”, “Blind Sounds”, “Post Inclusion”, “Eco-Acoustic Embodiments” e “Sciensible”. Estes sistemas híbridos fundem as expressões humanas com o código, criando um meio onde a arte, a ciência e a filosofia se interseccionam para propor relações mais inclusivas, participativas e diversas com a inteligência artificial e a tecnologia. O seu compromisso com a exploração destes conceitos levou-o também a falar em instituições académicas e científicas de prestígio, incluindo a Faculdade de Belas-Artes do Porto, a Fundação Champalimaud, a Universidade de Harvard em Boston ou a organização New Interfaces For Musical Expression.
Através de uma gama dinâmica de suportes – desde pinturas de dados computacionais em direto e instalações imersivas a performances, bem como desenhos, pinturas e esculturas imutáveis – Quintas recebeu inúmeras distinções. Entre as mais notáveis encontram-se o Prémio Inter.faces, pela obra “Swap” (2005) – uma peça de dança visualmente aumentada; o Prémio de Distinção Transmediale, em Berlim, por “Burning The Sound” (2009), onde Quintas atua com isqueiros e fósforos para amplificar e controlar o som digital; o Prémio de Nomeação Sonae, por “Keystones” (2019) – uma instalação de linguagem gerada por IA – e, recentemente, em 2024, ganhou o Prémio Norberto Fernandes, pela Fundação Altice, que reconhece as contribuições portuguesas significativas no campo da Arte e da Tecnologia, com “Sentiment Data Paintings”.
Exposto internacionalmente em locais como o Museu Kiasma, na Finlândia, a Fundació “La Caixa” e a Casa Encendida, em Espanha, o CTM Transmediale, em Berlim, ou o Santralistanbul, em Istambul, Quintas também expôs amplamente no seu país de origem. As suas exposições em Portugal incluem a ARCO Art Fair, o Museu Nacional de Arte Contemporânea, a Foco Gallery, o festival Index of Art and Technology, o Sónar, o Convento de São Francisco e as Carpintarias de São Lázaro, entre outros. A sua obra é publicada em edições como “Younger Than Jesus: Artist Directory”, co-editada pelo New Museum de Nova Iorque e pela Phaidon Press, ou o Leonardo, pela MIT Press.
https://www.rudolfoquintas.com
Programa paralelo
6 de Abril – Workshop Blind Sounds
Apoios

ANA VIEIRA: CADERNOS DE MONTAGEM
Inauguração 5 de Abril 15h | até 31 de Maio
O que acontece à obra de um artista após a sua morte?
Como assegurar a preservação e a apresentação de instalações deixadas inacabadas ou sem instruções de montagem?
Será que a reinstalação deste tipo de obras resulta da interpretação e memória de pessoas e agentes artísticos que conviveram ou trabalharam com a artista?
Ana Vieira (1940–2016) é uma das artistas mais influentes e uma figura incontornável da arte portuguesa do século XX, pioneira nas práticas artísticas mais diversificadas e experimentais. Ao longo de quatro décadas, a artista produziu um corpo de trabalho original, marcado pela criação de espaços arquitetónicos, pela desmaterialização da pintura, e pela conceção de instalações e construções cénicas (ambientes), onde o tema da casa prevalece, destacando-se a dicotomia entre interior e exterior, presença e ausência, ver e não ver.
Desde 2016, ano da sua morte, o espólio desta artista tem sido minuciosamente examinado, avaliado e estudado. Diversos documentos de arquivo foram consultados: desenhos, esboços, cartas, anotações, ficheiros áudio, vídeos e fotografias. Além disso, foram analisadas as problemáticas subjacentes à conservação do trabalho de Ana Vieira, com o objetivo de evitar o desaparecimento de algumas das suas obras.
A investigação levou-nos a considerar (no seu significado em latim, a junção de sidus, astro, com o prefixo con), a ter uma visão global da sua prática artística, identificando repetições ou padrões reconhecíveis e adotando uma abordagem interrogativa destinada a compreender o presente e o futuro da obra de Ana Vieira. Deste processo, extraímos os elementos necessários para dar início a uma análise etiológica deste projeto, que se estende para além de uma simples exposição.
Este projeto expositivo tem como propósito estudar, documentar e apresentar um conjunto de obras, objetos e instalações, juntamente com os respetivos desenhos e anotações da artista, tendo como objetivo a criação de cadernos de montagem que assegurem a preservação e a apresentação do legado de Ana Vieira.
Tendo em conta a complexidade do conjunto de obras selecionadas, nomeadamente instalações que exigem montagem, sublinha-se que o momento expositivo é um processo em aberto, que envolve uma tomada de decisões e reflexão contínuas.
A documentação produzida antes, durante e após as montagens dará origem a uma publicação destinada a museus, investigadores, universidades, escolas de arte, artistas e todos os interessados não apenas em conhecer as obras desta artista, mas também em refletir sobre os desafios que esta coleção e outras semelhantes apresentam.
O projeto expositivo e editorial é da autoria da curadora Antonia Gaeta, da arquiteta Astrid Suzano e da conservadora e investigadora Sofia Gomes.
Ana Vieira: Cadernos de Montagem é um projeto promovido e organizado pelo Centro de Arte Oliva, com a colaboração do Banco de Arte Contemporânea (BAC) e dos herdeiros do espólio da artista, seus filhos Miguel e Paula Nery. Realizado com o apoio da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), em parceria com o gnration (Braga), o CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura (Guimarães) e o Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE)—a exposição desenvolve-se em cada um dos locais, entre outubro de 2024 e junho de 2025.
ALGOZ | DEVLLOZ
04.04 | 23h |5€
ALGOZ
O Luís Barreto tem bandas a mais. Berra com O Triunfo dos Acéfalos, acompanha o Gonkallo na bateria, toca baixo com os bcc e ainda deve ter mais uma ou outra no bolso que não diz a ninguém. O que é que uma pessoa que faz música nestas diferentes vertentes faz quando está sozinho em palco? A resposta é barulho. O ALGOZ do Culetivo Feira apresenta-se ao público munido dos seus gadgets e material em terceira-mão para interpretar material inédito, assim como revisitar algumas jams do EP “SEND//RETURN” que cuspiu durante a pandemia.
Harsh noise semi-improvisado e eletrónica borrada, este é o ALGOZ.
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DEVLLOZ
artista independente de Niterói, Brasil, começou a lançar suas músicas auto-gravadas em 2018, inspirado na fusão do rap emocional dos anos 2010 (Gothboiclique, Team SESH, Suicideboys, etc.). Em 2022, mudou-se para Lisboa para desenvolver a sua visão artística única, criando goth rap.
A música de devlloz é catártica, crua e melodiosa, vocalizando os contrastes expressivos da sua condição.
Devlloz continua a expandir as fronteiras da sua música, tecendo uma tapeçaria sonora única que desafia categorizações.
BILOBA | P.S. LUCAS
05.04 | 23h | 5€
BILOBA é o projecto musical do contrabaixista e compositor Francisco Nogueira.
Em busca de um som próprio, caracteriza-se pelo género alternativo, com influências que vão desde o Rock até à imprevisibilidade harmónica do Jazz, dando prioridade às letras em português
Após o lançamento do EP ‘BILOBA’, da participação no CD ‘Novos Talentos Fnac 2022’ e de pisar diferentes palcos como o Musicbox, Festival Termómetro e Festival Emergente, surge o desafio de lançar o primeiro álbum de longa duração intitulado ‘Sala de Espera’, com o apoio da Fundação GDA.
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P.S. LUCAS
Para lá de Medeiros/Lucas, bem para lá d’O Experimentar, P. S. Lucas tem traçado um percurso artístico cada vez mais singular. Depois de In Between, trabalho que lançou em 2021 quando o mundo era um sítio muito distante, o último Villains & Chieftains é mais uma tranquila revolução, daquelas que faz estremecer os corações de quem as escuta. Neste disco – onde Lucas canta e escreve e toca guitarras e até alguns sintetizadores – rodeou-se de novos amigos e velhos amigos, tendo a multi-facetada Mariana Ricardo (Minta & The Brook Trouts, Lena d’Água) ao leme da produção.
Em 2025 P.S. Lucas preparou uma série de concertos a solo onde, além dos temas de Villains & Chieftains e de In Between, irá passar por outros momentos da sua carreira, interpretando canções d’O Experimentar Na M’Incomoda e de Medeiros/Lucas. As texturas eletrónicas e as improvisações à guitarra – companheira de primeira hora – não serão deixadas de fora nestes espetáculos que são também uma oportunidade única de imergir no universo deste músico singular.
Blind Sound | Workshop de Música Interativa para Cegos e Não-Cegos
6 de Abril 14h/18h
No workshop Blind Sounds as pessoas cegas e não-cegas vão experienciar a criação de música interactiva através do movimento do corpo. Uma proposta inovadora que possibilita uma nova relação com o corpo proporcionada pela imersão sonora. Através do som, potencia-se a consciência do corpo, a sua relação com o espaço e o desenvolvimento cognitivo e criativo. Conforme o relato de Joana Gomes que já realizou o workshop essa foi uma das melhores experiências da sua vida. O projecto foi desenvolvido com a colaboração de três participantes cegos: a Joana Gomes, o Luís Oliveira e a Maria da Conceição Romano e teve a sua primeira edição em Lisboa no âmbito do festival Lisboa Soa, a segunda edição no festival de arte Criatek em Aveiro e a terceira edição em Coimbra no Convento de São Francisco. O Workshop é dinamizado pelo artista Rudolfo Quintas, criador do sistema sonoro.
INSCRIÇÕES:
– A inscrição é gratuita e é feita através do email: geral@centroaaa.org
– As inscrições estão abertas até máximo de 12 participantes, idade mínima 10 anos.
– Será dada preferência por ordem de inscrição e será sempre reservado 6 lugares para pessoas cegas.
CONTACTOS:
Para qualquer dúvida e esclarecimento por favor contactar:
Rudolfo Quintas: 963958279 ou pelo email: studio.rudolfoquintas@gmail.com
LINKS:
Link exemplificativo de uma pessoa cega a interagir com o sistema sonoro: https://vimeo.com/333303619
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