2023 – jan / fev / mar

CONCERTO

Sebastián Sarasa Molina . Saxofone

31 de Março às 21h30

Entrada 5€

Marcação obrigatória em geral@centroaaa.org

Concerto de Sebastián Sarasa Molina + Músicos convidados – Tiago Costa e Fernando Ramos

Biografias

Sebastián Sarasa Molina

Vencedor do 5º Concurso Internacional de execução musical de Treviso (Itália), na categoria música contemporânea, Sebastián Sarasa Molina é um saxofonista dedicado à criação e à interdisciplinaridade.

É na Colômbia, seu país natal, que Sebastián descobre o saxofone através da música tradicional e colectiva, tradição oral e improvisação. Encontrada a vocação, continua os seus estudos em França, onde vive e trabalha como professor de saxofone nos Conservatórios Pantin e Noisy-le-Sec (região de Paris).

Molina obtém um mestrado em “Improvisação e criação em música” na Universidade Paris 8 e no pólo superior de artes de Boulogne-Paris, um DNSPM de execução de saxofone e um bacharelado em musicologia no CESMD de Poitou-Charentes, bem como um primeiro prémio instrumental no CRD Aulnay-sous-Bois e um DEM de Criação – Improvisação no CRR93 nas respetivas classes de Vincent Le Quang, Gilles Tressos, Christophe Bois, Jerome Laran e Philippe Pannier. 

Trabalha em paralelo na criação de peças originais para saxofone com compositores como Diane Schuh, Thibault Darbon, Antonio Tules, Rubian Zuluaga, Kazuyuki Taguchi, Rita Kassabian, Jean Pierre Armanet e Dzovinar Mikirditsian, bem como no desenvolvimento de um instrumental flexível e linguagem improvisada incorporando os vários modos de tocar e estética do saxofone sem distinção e apenas a serviço da fala.

Este percurso singular e a constante vontade de “criar ligações” levam-no a construir projectos muito diversos e decididamente transversais: é membro do quarteto de saxofones “Mètis”, do duo de improvisação “Passerelles”, do “3ter  Trio” de música improvisada e falada e o duo de saxofones “A+B” que mistura jazz e música contemporânea. Ele também é co-organizador da “semana do saxofone” de Manizales (Colômbia) e co-fundador da companhia de teatro e música “Présences-monde”.

Tiago Costa

Tiago António Nunes da Costa nasceu em Caldas de Vizela em 1984. Iniciou os seus estudos musicais no órgão, na escola de música do centro paroquial de S. Miguel com o professor José Pedro Marques. Mais tarde ingressou na escola de música da Sociedade Filarmónica Vizelense (S. F. V) onde iniciou os seus estudos musicais em saxofone com o professor Luís Ribeiro. Mais tarde, prosseguiu os seus estudos musicais na Academia de Música Valentim Moreira de Sá (atualmente Conservatório de Guimarães), na classe de saxofone da professora Fernanda Alves. 

Em 2004, ingressou na ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo) na classe de saxofone do professor Henk Van Twillert e Fernando Ramos onde concluiu a Licenciatura em saxofone. Prosseguiu os estudos musicais na Universidade de Aveiro onde concluiu o Mestrado em saxofone com a publicação da tese “Música contemporânea para saxofone no ensino secundário”, orientado pelo professor Evegueni Zoudilkine e Fernando Ramos. Durante o seu percurso académico foi bolseiro da Fundação S. Miguel. 

Foi membro fundador do grupo de saxofones “Vento do Norte” com o qual gravou o CD “Adagio for Saxophones”, assim como participou em inúmeros concertos com a Orquestra Portuguesa de Saxofones apresentando-se diversas vezes a solo. Também no âmbito da performance musical, efetuou diversos concertos, nomeadamente em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e Venezuela. Destacamse ainda participações e gravações para a RDP e participações com a orquestra do Norte, orquestra da Academia de Música Valentim Moreira de Sá, com a qual também se apresentou a solo. Colaborou também com a orquestra de sopros Artave, orquestra Sinfonieta da ESMAE, orquestra de Sopros da ESMAE, Banda Sinfónica Portuguesa (BSP) e Orquestra de Guimarães. Neste âmbito já trabalhou com diversos maestros como Vitor Matos, H. Kestman, Kevin Laudroun, António Saiote, José Ferreira Lobo, Gil Magalhães, Jan Cober e Douglas Bostok. 

Tiago Costa participou em várias masterclass com professores como Francisco Ferreira, Henk Van Twillert, Arno Bornkamp, Claude Delangle, Antonio Felipe Belijar, Nacho

Gáscon, Mariano Garcia, entre outros. Com o grupo “Vento do Norte” destaca-se o primeiro prémio no Concurso Internacional de Música da cidade de Chieri, onde arrecadou o 1º prémio. No âmbito de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012 (CEC 2012) participou em diversos projetos, nomeadamente na “orquestra Bigbang”, como chefe de naipe de sopros madeiras, com o maestro Tim Steiner. Apresentou-se a solo com o pianista José Pedro Ribeiro em alguns recitais. Pedagogicamente, já lecionou no Conservatório Regional de Vila Real, Academia de Música de Vieira do Minho, Academia de Música de Basto, Academia de Música de Paredes, Conservatório de

Música de Felgueiras, Artâmega (Academia das Artes do Marco de Canaveses) e Academia de Música da Sociedade Filarmónica Vizelense. Atualmente, Tiago Costa é vice diretor pedagógico e professor de saxofone do Conservatório de Guimarães. Desde do ano de 2017 é artista Selmer.

Fernando Ramos

Fernando Ramos é um dos saxofonistas mais proeminentes no panorama nacional português. Especializado tanto em repertório tradicional como em música contemporânea, integra projetos que vão desde o barroco até ao cross-over e improvisação. Atuou por toda a Europa, América Latina e Australásia.

Enquanto pedagogo, tem formado uma nova geração de saxofonistas tanto em Portugal como fora de portas. Formou-se no prestigiado Conservatorium van Amsterdam. Teve contacto com inúmeros nomes do panorama mundial do saxofone clássico. Neste período, colaborou com vários artistas de todo o mundo de diferentes áreas. Trabalha ativamente com compositores na criação de repertório novo para saxofone, tendo já́ inúmeras obras dedicadas tanto a solo como nas diversas formações que integra. É saxofonista convidado da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Musica e colabora frequentemente em projetos com o Remix Ensemble e o Serviço Educativo da Casa da Musica. Atua em algumas das mais célebres salas de concertos de países como Alemanha, Holanda, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Colômbia, México, Franca, Espanha e Portugal.

É professor na Escola Superior de Musica e Artes do Espetáculo (ESMAE), Universidade de Aveiro e Escola Profissional de Musica de Espinho. É membro do KinetixDUO com Jeffery Davis (vibrafone), STP [trio com Telmo Marques (piano) e Gonçalo Dias

(Trombone Baixo)], Grain[z] com Nuno Aroso (Percussão) e Dimitris Andrikopolous (Electrónica). Foi cofundador do QuadQuartet e em 2010 criou o ensemble FLUX Collective.

Fernando Ramos é patrocinado pelos saxofones Selmer-Paris, Vandoren-Paris e toca exclusivamente com abraçadeiras JLV-France.

PITAR NA CANGOSTEIRA

Exposição de Ludgero Almeida, Max Fernandes e Pedro Bastos

Inauguração 18 de Março 15h / até 17 de Maio

Actividades paralelas

  • 29 de abril (16:00) 

Conversa com os artistas no CAAA.

  • 6 de maio (14:00)

Caminhada conduzida pelos artistas Ludgero Almeida, Max Fernandes, Pedro Bastos e Eduardo Matos pelo território e paisagem pós-industriais de Guimarães e, também, pelas suas exposições Pitar na Cangosteira (CAAA) e Fabriqueta (CIAJG).

Ponto de encontro: Estação de Caminhos de Ferro de Guimarães. Participação gratuita.

Sinopse

O projeto ‘Pitar na Cangosteira’ de Ludgero Almeida, Max Fernandes e Pedro Bastos no Vale do Ave tem por base várias caminhadas no território a partir do qual resultaram registos fotográficos e audiovisuais, textos diarísticos, recolha de objetos e reflexões sobre o estar e o percorrer a paisagem.  Esta exposição apresenta algumas obras que nos aproximam das experiências, das memórias táteis e visuais, das questões lúdicas, políticas, históricas e ecológicas que permeiam de maneira convergente ou divergente o trabalho de cada um dos artistas.

Biografias

Pedro Bastos (Guimarães, 10/04/1980). É artista plástico, cineasta, poeta e argumentista. Os seus filmes, “Flyby Kathy”, “Ao Lobo da Madragoa”, “Cabeça D’Asno” e “Ambulatório Através da Poesia de Augusto dos Anjos & António Nobre”, têm sido apresentados em vários festivais nacionais e internacionais, tais como TIFF-Roterdão; Mostra de São Paulo, Festival du Nouveau Cinéma Montreal, IndieLisboa, Curtas de Vila do Conde, BIEFF, Oberhausen ISFF, etc. Trabalhou como argumentista em filmes dos realizadores Rodrigo Areias, Jorge Quintela, David Doutel & Vasco Sá e Tânia Dinis. Foi seleccionado para a Biennale D’Art Contemporain – Jeune Création Européenne em 2015/17.

Ludgero Almeida (Guimarães, Portugal, 28/04/1989). É bolseiro de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia, investigador integrado não doutorado no I2ADS da FBAUP, mestre em Ensino de Artes Visuais no 3º ciclo de Ensino Básico e Secundário na FPCEUP e licenciado em Artes Plásticas – Pintura pela FBAUP (PT). Expõe desde 2009, em Portugal e no estrangeiro. Elabora obras que estudam a história, a memória e os arquivos de múltiplos contextos, gerando camadas do sensível e complexificando a relação entre o real e o fictício.

Max Fernandes (1979, Guimarães). Das atividades recentes destacam-se:

As exposições individuais: Tona, Espaço Mira, Porto, 2023; Preambular o Futuro, CIAJG, Guimarães, 2022; Lembrete, Mupy Gallery – Maus Hábitos, Porto, 2022; Redor, residência – Laboratórios de Verão, GNRation, Braga, 2021; Cão-Rio (saco de arroz cozido no chão), Uma Certa Falta de Coerência, Porto, 2016.

As exposições coletivas: Quatro Paredes e Duas Salas, Teatro Municipal de Vila Real, 2022; Ruminar o Museu, CIAJG, Guimarães, 2022; Um corpo um rio, Galeria Liminare, Lisboa, 2021; Figuras no Pensamentos Visual Crítico – parte II, Museu Alberto Sampaio (Guimarães Project Room), 2021; 25 de abril – onde nasce a liberdade, Espaço Mira, Porto, 2020.

As projeções de filmes: “fora inverno, já era primavera, o verão seria glorioso”, Espaço Mira, Porto, 2020; Cinema Expandido – Seminário 22-23 de novembro, FBAUPorto, 2018; Ciclo em torno da obra videográfica de Max Fernandes, Gato Vadio e Playlist #9 – café-livraria Candelabro, ambas no Porto, em 2017.

Organização e gestão dos espaços de exposições: O Sol Aceita A Pele Para Ficar, desde 2015, e Laboratório das Artes, 2004-2006, ambos em Guimarães.

Os projetos na comunidade: Direção, Criação Cenográfica do espetáculo Uma Espécie de Coisa (Org. Outra Voz), CCVF, 2022; Assembleias Populares da Caldeiroa, 2016-2017, em Guimarães; Clases en el monte, (Wochenklausur), 2012, Puebla de Sanabria, Espanha; Rastilho 2012-2013, e Tecer Outras Coisas, 2011-2013, ambos em Pevidém, Guimarães.

MEMORIFICAÇÃO, de José Teibão

Inauguração 11.02 às 15h / até 11.03

Lençóis que já me cobriram – que já taparam outros corpos – cortinas de casas que já não habito – cobertores velhos que já não se usavam – pedaços de madeira de móveis que ruíram – numa transformação que me urge, surgem objetos que aludem à carne que já não posso sentir.
Memorificação, ou a mumificação da memória, palavra que não existe, para descrever a preservação física e metamorfose das memórias que já se perderam no nosso fundo.

Biografia

Nascido em Guimarães (1984), José Teibão é um artista multidisciplinar que explora diversos meios, num diálogo pessoal e introspectivo em torno de diversas questões filosóficas. Licenciado em Microbiologia e tendo desenvolvido trabalho em diversas áreas, acabou por se dedicar exclusivamente à arte e desde 2015 que participou em várias bienais artísticas, exposições coletivas e outros eventos, destacando-se mais recentemente a sua exposição “Placebo” no Museu de Alberto Sampaio (2022). Na sua prática artística releva-se o fascínio pela reutilização de materiais carregados de memórias, como lençóis e cobertores antigos, partes de moveis usados, entre outros, originando instalações, esculturas e pinturas. Tem atelier no CAAA (Guimarães) e faz parte do coletivo Madrôa, com sede numa antiga fábrica de couros.

PROMONTÓRIO, de Igor Gonçalves

Inauguração dia 11.02 às 15h / até 11.03

Igor Goncalves apresenta Promontório, uma exposição que, situando-se em linha de continuidade com o processo de pesquisa do artista, se reconfigura à luz da cartografia visual do seu momento presente. Promontório inaugura numa galeria que se situa num nível abaixo de terra, elevando-se por via da luz que convoca novas materialidades ao espaço. O movimento de ascensão é, porém, contrabalançado pela forma como o estúdio do artista desce até à galeria. Promontório é assim uma exposição marcada pela extemporaneidade que reúne de forma simultânea e difusa a experimentação própria do atelier e a mostra pertencente ao espaço expositivo.

Biografia

Igor Gonçalves é artista plástico e músico.

No domínio das artes plásticas, completou o Curso Tecnológico de Artes e Ofícios (pintura/escultura) na Escola Secundária Martins Sarmento em Guimarães e frequentou a Licenciatura em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e posteriormente a Licenciatura em Artes/BD/Ilustração na ESAP-Guimarães. Em 2019, começou a apresentar a sua obra em exposições coletivas e individuais. Destacam-se “Facing Identity”, 2019 ; “Trees Outside Academy #3”, 2019; “Mon(s)tra” 2020; “Latejo”, 2020; “Trees Outside Academy #4” 2021 e “Ensaio” 2022. Desde 2021, Igor Gonçalves é também membro do Colectivo Madrôa, com quem expôs no âmbito do Guimarães ProjectRoom. Desde Outubro 2022, tem atelier no CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura. Na música, estudou bateria com Hugo Danin, Filipe Monteiro, Francisco Lima e participou em formações pontuais com André Silva, Mário Gonçalves e Márito Marques.

As suas obras incluem a sonoplastia da curta metragem “Ontem ou ainda agora” (2021), de Eduardo Brito; e a co-autoria na criação de sonoplastias de vários projetos multidisciplinares, nomeadamente “O Vigilante Noturno”, Teatro da Didascália (2018); “Human Box”, Joana Antunes (2009) e “Fio Condutor”, Joana Antunes (2008). Participou como líder de naipe de percussão no projecto/orquestra “Operação Big Bang”, dirigida pelo maestro Tim Steiner, no âmbito da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012.

Igor Gonçalves está também envolvido, na qualidade de músico e compositor, nos projetos musicais Egon (2012), Utter (2012-2013/2020), Paraguaii (2014-2017), Tyroliro (2020-), Turtle Race (2020-), entre outros. Compõe constantemente a solo para vários contextos. Criou, em 2019, a Drumbox, um espaço/projeto de aprendizagem e convívio focado na bateria, situado em Guimarães. 

Desempenhou funções como Produtor no CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura entre 2016 e 2021.

https://www.instagram.com/igor.as.goncalves https://www.facebook.com/igor.as.goncalves http://igorgoncalves.com