programação /exposições

ROOTS_Blackson Afonso, Engénia Mussa, José Miguel Gervásio, Márcio Carvalho

10.05 | 15h | até 31 de Maio

A Exposição ROOTS – Raíses e Pós-memória será exposta no CAAA Centro para os Assuntos de Arte e Arquitectura, em Guimarães, no dia 10 de maio às 15h. Esta inauguração será marcada pela conversa com A. Pedro Correia (Curador da Residência Artística ROOTS e Artista em Residência Anual no LAC), Gibson Ferreira (Artista CAAA), José Miguel Gervásio (Artista participante na edição ROOTS 2024), Ricardo Cruzes (Artista em Residência Anual no LAC), e Sara Borges (Coordenadora do Serviço Educativo do LAC e Artista em Residência Anual no LAC) que irá também realizar uma visita mediada durante a inauguração.

10 de Maio, 17h / Conversa com Artistas LAC & ROOTS:
→ A. Pedro Correia (Curador da Residência Artística ROOTS e Artista em Residência Anual no LAC) @a.pedro_correia
→ Gibson Camelo Ferreira (Escritor e Pesquisador – CAAA)
→ José Miguel Gervásio (Artista participante na edição ROOTS 2024) @jmgervasio
→ Ricardo Cruzes (Co-Curador das Exposições Itinerantes do LAC e Artista em Residência Anual no LAC) @ricardo_cruzes
→ Sara Borges (Coordenadora do Serviço Educativo do LAC e Artista em Residência Anual no LAC) @mad_fildz

17 de maio às 15h / LABORATÓRIO do Pensamento Afrodiaspórico com Hannah Bastos / Mulheres do Atlântico: Diálogos X entre Beatriz Nascimento e Djaimilia Pereira de Almeida
+ info: www.lac.org.pt / inscrições: geral@centroaaa.org / Participação gratuita

25 de maio às 11h / VISITA OFICINA “Vem Cá” orientado por @ondamarela
+ info & inscrições: www.lac.org.pt / Participação gratuita

25 de maio às 15h / SESSÃO DE ESCUTA com Luca Argel @lucargel
info & inscrições: www.lac.org.pt / Participação gratuita

+INFO

ANA VIEIRA: CADERNOS DE MONTAGEM

Inauguração 5 de Abril 15h | até 31 de Maio


O que acontece à obra de um artista após a sua morte?

Como assegurar a preservação e a apresentação de instalações deixadas inacabadas ou sem instruções de montagem?

Será que a reinstalação deste tipo de obras resulta da interpretação e memória de pessoas e agentes artísticos que conviveram ou trabalharam com a artista?

Ana Vieira (1940–2016) é uma das artistas mais influentes e uma figura incontornável da arte portuguesa do século XX, pioneira nas práticas artísticas mais diversificadas e experimentais. Ao longo de quatro décadas, a artista produziu um corpo de trabalho original, marcado pela criação de espaços arquitetónicos, pela desmaterialização da pintura, e pela conceção de instalações e construções cénicas (ambientes), onde o tema da casa prevalece, destacando-se a dicotomia entre interior e exterior, presença e ausência, ver e não ver.

Desde 2016, ano da sua morte, o espólio desta artista tem sido minuciosamente examinado, avaliado e estudado. Diversos documentos de arquivo foram consultados: desenhos, esboços, cartas, anotações, ficheiros áudio, vídeos e fotografias. Além disso, foram analisadas as problemáticas subjacentes à conservação do trabalho de Ana Vieira, com o objetivo de evitar o desaparecimento de algumas das suas obras.

A investigação levou-nos a considerar (no seu significado em latim, a junção de sidus, astro, com o prefixo con), a ter uma visão global da sua prática artística, identificando repetições ou padrões reconhecíveis e adotando uma abordagem interrogativa destinada a compreender o presente e o futuro da obra de Ana Vieira. Deste processo, extraímos os elementos necessários para dar início a uma análise etiológica deste projeto, que se estende para além de uma simples exposição.

Este projeto expositivo tem como propósito estudar, documentar e apresentar um conjunto de obras, objetos e instalações, juntamente com os respetivos desenhos e anotações da artista, tendo como objetivo a criação de cadernos de montagem que assegurem a preservação e a apresentação do legado de Ana Vieira.

Tendo em conta a complexidade do conjunto de obras selecionadas, nomeadamente instalações que exigem montagem, sublinha-se que o momento expositivo é um processo em aberto, que envolve uma tomada de decisões e reflexão contínuas.

A documentação produzida antes, durante e após as montagens dará origem a uma publicação destinada a museus, investigadores, universidades, escolas de arte, artistas e todos os interessados não apenas em conhecer as obras desta artista, mas também em refletir sobre os desafios que esta coleção e outras semelhantes apresentam.

O projeto expositivo e editorial é da autoria da curadora Antonia Gaeta, da arquiteta Astrid Suzano e da conservadora e investigadora Sofia Gomes.


Ana Vieira: Cadernos de Montagem é um projeto promovido e organizado pelo Centro de Arte Oliva, com a colaboração do Banco de Arte Contemporânea (BAC) e dos herdeiros do espólio da artista, seus filhos Miguel e Paula Nery. Realizado com o apoio da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), em parceria com o gnration (Braga), o CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura (Guimarães) e o Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE)—a exposição desenvolve-se em cada um dos locais, entre outubro de 2024 e junho de 2025.