programação /exposições

Vai e Brinca! de Madalena Matoso

Inauguração 25 de Outubro 19h / até 31 de Dezembro

Exposição de originais e experiências criadas para o livro “Como ver coisas invisíveis?”.
Madalena Matoso foi a vencedora Prémio BIG 2023 e é autora cartaz BIG 2025.

Este livro é sobre imaginação, criatividade e processos criativos. Há várias perguntas que são levantadas e uma delas é a famosa “de onde vêm as ideias?”.
Li o texto várias vezes e comecei a tentar fazer desenhos. E a verdade é que quanto mais lia sobre processos criativos, mais difícil parecia começar a ter ideias para os desenhos. E era um livro grande, seriam necessários muitos desenhos. Estava sem conseguir acabar um desenho, quanto mais, muitos… Continuei a experimentar, a brincar com texturas, cores e papéis e o caos foi-se instalando. Fazia desenhos e mais desenhos mas não estava a chegar a lado nenhum. Depois, sem perceber muito bem como, o caminho foi aparecendo. E, aos poucos, os desenhos foram-se amontoando. Quase sem dar por isso, tenho os tais “muitos” desenhos necessários. Depois tenho até demasiados desenhos. Alguns têm de ficar de fora. E quando o livro começa a ficar pronto para ser impresso tenho pena que acabe. Queria continuar a fazer desenhos para este livro. E percebo que, inconscientemente, tinha entrado em modo “Let’s plork” (play + work) como aconselhava Corita Kent (de que fala o livro no capítulo “Não me interrompam, estou num processo mental!” ).

Ficha técnica global: Ilustrações para o livro “Como ver coisas invisíveis”. Texto de Isabel Minhós Martins. Edição Planeta Tangerina 2021. Técnica: Colagem

Alinhamento dia 25 de Outubro

11h00/ CIAJG
Inauguração da exposição A LINHA CLARA
CRISTINA SAMPAIO – PRÉMIO CARREIRA BIG 2025
Curadoria: Jorge Silva.
Com a presença da artista homenageada.

12h00/ Palacete de São Tiago
Inauguração da exposição AMOR DE PERDIÇÃO, de Ilda David
Curadoria: António Gonçalves.

14h30/ Pequeno Auditório – CCVF
Cerimónia de anúncio e entrega dos prémios Prémio Nacional BIG 2025.
Com a presença dos membros do júri e artistas concorrentes.

15h00/ Palácio de Vila Flor
Inauguração da exposição PRÉMIO NACIONAL BIG 2025
Com a presença dos membros do júri e artistas concorrentes.

17h30/ Sociedade Martins Sarmento
Inauguração da exposição MÃO DE FERRO, LUVA DE SEDA
Exposição de cartazes de Cinema
Curadoria: Jorge Silva com Rui Bandeira Ramos
Em colaboração com o Cineclube de Guimarães

19h00/ CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura
Inauguração da exposição VAI E BRINCA!, de Madalena Matoso (Vencedora Prémio BIG 2023 e autora cartaz BIG 2025).
Com a presença da autora.

21h30/ Grande Auditório Francisca Abreu – CCVF
Espetáculo DESENHAR OS SONS COM A LUZ DOS DEDOS
Com Rodrigo Leão, Gabriel Gomes e António Jorge Gonçalves

A TERRA DAS VIÚVAS, DE MAURO SILVA

26.09 até 18.10

Curadoria: IPCI – Instituto de Produção Cultural e Imagem

Desde 2018, a parceria entre os Encontros da Imagem e o IPCI tem dado lugar à apresentação de projetos de autore/as em início de carreira, recém-diplomados do Master em Fotografia Artística. Trata-se de um compromisso com a criação contemporânea e com a abertura de espaço para novas vozes no campo da fotografia.

A terra das viúvas (tradução inglês)parte da exploração mineira no Seixoso, território marcado por sucessivos ciclos de extração — do volfrâmio e do feldespato, em particular durante a Segunda Guerra Mundial, até às atuais prospeções de lítio. Se Portugal é hoje visto como peça-chave na corrida global ao “ouro branco”, o impacto humano, social, político e ambiental destes processos levanta sérias interrogações.

Entre o Barroso e o Seixoso, o projeto confronta memória e presente, resistência local e pressão internacional, refletindo sobre as tensões entre transição energética e destruição cultural. A fotografia torna-se aqui instrumento crítico, revelando as fissuras de um progresso ambíguo.

E_I_MIGRAÇÃO, de Celeste Cerqueira

Inauguração 06 de Setembro 15h / até 25 de Outubro

Curadoria de Paula Parente Pinto

E_I_MIGRAÇÃO apresenta uma seleção de referência às barreiras fronteiriças erguidas para conter a entrada de fluxos migratórios na Europa, tendo, literalmente, por pano de fundo, suportes têxteis que, de símbolos da fragilidade e último reduto do conforto, vestimenta humana e revestimento doméstico, se transformam em imagens dos materiais de violência, das paisagens de exclusão. A obra de Celeste Cerqueira relaciona recorrentemente suportes materiais das políticas de vigilância (como câmaras de filmar, barreiras policiais, fitas de advertência, redes metálicas), com notícias da imprensa diária sobre a política internacional, tornando visíveis as cadeias operacionais recursivas das técnicas culturais, que provocam mudanças sociais e invertem noções básicas de transparência e atravessamento em opacidade e intransponibilidade, de proteção e convivialidade, em medo e violência. Relacionando media, cultura e tecnologia, o seu trabalho aborda as designadas “materialidades da comunicação”, denunciando os aparatos de produção de sentido e os sistemas burocráticos que produzem os indivíduos que depois processam.

Programa

19—21 de Setembro 2025 | 15H às 20H

Lançamento da edição de artista no Performing the Archive (Porto)

11 de Outubro 2025 | 15H

Apresentação da edição de artista no CAAA (Guimarães) e conversa

com Celeste Cerqueira, Paula Parente Pinto e Joaquim Moreno

Impasse, Três Viagens

Inauguração 06 de Setembro 15h / até 25 de Outubro

 

Exposição, conversa e Viagem pelo Núcleo Impasse_Carlos Fraga, Manuel Carvalho, Maria João Latas, Bruno Quelhas, Nicola D’Addario, Ana Duarte

Publicado em 1961, o livro Arquitectura Popular em Portugal instituiu uma dupla operação: por um lado, inscreveu no campo disciplinar formas de habitar até então relegadas à periferia da atenção da arquitectura; por outro, cristalizou uma narrativa que, sob o signo do inventário, operava também como gesto de legitimação e de consagração. Decorridas seis décadas, a revisita a esses mesmos lugares permite hoje não apenas documentar as transformações que o tempo e as circunstâncias impuseram, mas também desconstruir a gramática romântica que a publicação ajudou a fixar.

O núcleo impasse, constituído em 2019, parte para essa revisita na qualidade de ensaio crítico, recusando tanto a nostalgia como a mera atualização documental.Ao invés, procura tornar legíveis as tensões que atravessam o território — entre permanência e obsolescência, entre uso e museificação, entre anonimato e patrimonialização.A arquitectura popular surge aqui não como repositório de formas estáveis,mas como campo instável de fricção, onde a vida quotidiana, a modernização tecnológica e a turistificação se sobrepõem em camadas de sentido frequentemente contraditórias. 

Programa

Conversa – 18 Outubro

Viagem (St. André) – 25 Outubro