arquivo 2017

Cinco Aberturas, ursa

postInauguração 16 Dezembro, 21h / até 27 Janeiro 2018
Mesa Redonda com Yehuda Safran no dia 8 de Janeiro às 19h

Como pode um livro influenciar a construção de uma imagem?
E como pode, por sua vez, uma imagem influenciar a construção de um livro?
E se depois da  ‘viragem linguística’  da década de 60 e da subsequente  ‘viragem icónica’  da década de 80 pudéssemos agora olhar para a sobreposição de textos e imagens como um modo produtivo de interpretação?
Com estas perguntas em mente, aceitámos o desafio do CAAA de usar a Biblioteca Yehuda Safran para abrir cinco novos projectos fotográficos.
Trouxemos para a mesa as nossas imagens e os livros da biblioteca, e assim  abrimos espaço para uma discussão sobre ideias.

Esta exposição faz parte do Ciclo Biblioteca.

Com o apoio:

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Missa do Galo

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Missa do Galo 2017

com:
GOBI BEAR
800 GONDOMAR
TOULOUSE
RITALIN

Entrada: 5€
Preço para Sócios CAAA: 4€

EGO #1

leggy albert cavalier11 de novembro, 22:30h

No mês passado, o New York Times publicou uma lista com as 25 bandas que provam que a cena musical norte-americana é dominada por mulheres. Entre as escolhas estavam as Leggy, trio de Cincinnati, que, no próximo mês, tem estreia marcada em Portugal num concerto que acontece no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, em Guimarães. Chegam acompanhadas pelos bascos Albert Cavalier, que também tocam pela primeira vez no país.

A música do trio do Ohio aborda abertamente as lutas feministas e temas como a sexualidade, o que tem tido repercussão numa sociedade como a dos EUA que, cada vez mais, está colocada perante as suas próprias contradições nestes campos. O garage punk das Leggy assenta no poder de duas mulheres: Veronique Allaer (guitarra e voz) e Kerstin Bladh (baixo e voz).

O terceiro elemento da banda é o baterista Chris Campbell. O trio é amigo desde os 14 anos, mas só formaram a banda, anos mais tarde, em 2013. Partilhavam então uma casa, a que chamavam Cavity Castle, que viria a ser também o nome do seu primeiro EP, lançado em 2015.

Esse registo de seis faixas permitiu entrever o seu punk luxuriante, mas por vezes revestido a algodão-doce, com força e melodias cativantes. Esse lançamento foi o início de um percurso que as levou a tocar com lendas do punk como Alice Bag e Shonen Knife, ao qual juntaram um disco auto-intitulado lançado em 2016. As Leggy estão neste momento a preparar um novo álbum, que sairá no início do próximo ano.

Será já com algum desse material novo que se estreiam em Portugal, no próximo dia 11 de Novembro, num concerto promovido pela Capivara Azul – Associação Cultural, marcado para as 22h30 no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (CAAA), em Guimarães.

As norte-americanas chegam acompanhadas por Albert Cavalier, projecto baseado em Donostia-San Sebastián, com quem vão fazer uma mini-tour ibérica, com passagens, por exemplos, pelas cidades de Madrid e Santiago de Compostela, antes de chegarem a Guimarães.

Albert Cavalier nasceu quando os seus quatro elementos eram ainda adolescentes, em 2014. No seu som predominam as guitarras, ruído controlado e pinceladas psicadélicas, proclamando o seu amor pelo rock alternativo dos anos 1990.

Apesar de jovens, estes bascos já tocaram em festivais como Kutxa Kultur e Irún Rock, em Espanha, e em salas importantes como o Razzmatazz de Barcelona e Costello de Madrid. Em 2015, lançaram o seu primeiro registo, o EP “We don’t fucking surf”, de produção caseira. Acabam de editar o single “Wasted & Stoned”, que serve de avanço a um primeiro longa-duração que está em preparação.

Este concerto duplo é o primeiro com o selo EGO, com o qual a Capivara Azul – Associação Cultural vai apresentar a sua programação regular de música. As escolhas para o primeiro espetáculo anunciam a intenção de trazer a Guimarães projectos musicais que venham tocar pela primeira vez na cidade, com especial atenção ao território do rock alternativo.

Mais informações nos links abaixo

Artigo do New York Times em que são incluídas as Leggy: https://www.nytimes.com/interactive/2017/09/05/arts/music/25-women-making-best-rock-music-today.html

bandacamp Leggy https://leggy.bandcamp.com/

bandcamp Albert Cavalier https://albertcavalier.bandcamp.com/

facebook Capivara Azul https://www.facebook.com/Capivara-Azul-1533429536676069/

Uma Espécie de Silêncio, de André Cepeda

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Inauguração dia 18 Nov, 18h / até 27 Jan 2018

Comissariada por Rodrigo Areias

Esta exposição no CAAA de André Cepeda, reúne pela primeira vez som, filme e fotografia. É uma selecção de projectos entre inéditos e outros pouco conhecidos e mostrados. Em forma de instalação o espaço do CAAA, irá apresentar filmes em Super 8mm, 16mm e video.
André Cepeda filma em super 8 desde os 18 anos, podendo assim experimentar e continuar a desenvolver o seu olhar em paralelo com a fotografia. São imagens de viagem, de objectos, janelas, reflexos, corpos, comboios, pessoas, ruas, arquitectura, muitos deles em negativo, revelados pelo próprio, riscados e queimados…
Em 2010 decide experimentar o 16mm onde procura mais rigor e uma diferente construção, narrativa, mais qualidade, e essencialmente filmar coisas que sabe que em fotografia não resultam.
Existe ainda uma sala onde se confrontam 2 videos que se completam com um texto lido pelo próprio artista. Opõe-se o músico Gabriel Ferrandini ao Monumento ao Empresário de José Rodrigues.
Num outro espaço, ouve-se uma peça sonora a partir de material captado e apresentado na Bienal de São Paulo. Composta por uma improvisação misturando sons, voz e um projecto sonoro, “L’historie de la croquette” editado em LP em Bruxelas em 2012 em conjunto com o Eduardo Matos.
Esta exposição parte da premissa cinematográfica da sua fotografia, um convite de Rodrigo Areias a um artista conhecido mais pela sua faceta como fotógrafo, a partir do ponto de vista da conjugação da imagem em movimento e o som.

 

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Lisbon Revisited, de Edgar Pêra

Lisbon Revisited

10 de Outubro, 21:30h

Lisbon Revisited, de Edgar Pêra
Género: Documentário
Classificação: M/12
Outros dados: POR, 2014, Cores, 66 min.

Prosseguindo com o 3D que começou a explorar com Cine-Sapiens, a sua contribuição para o projecto colectivo de Guimarães 3x3D, “Lisbon Revisited” é um filme-colagem à volta da obra de Fernando Pessoa. Como o cineasta explicou na introdução à primeira das duas projecções do filme em Locarno, Pessoa é para ele o poeta que melhor define o século XX “mas também os nossos dias”, de uma contemporaneidade omnipresente. A partir de uma selecção de escritos dos seus vários heterónimos (e de uma das cartas de Ofélia Queirós), Pêra constrói uma absorvente e inquietante paisagem sonora de vozes, fragmentos de texto, música pré-existente (Berlioz, Schumann, Mahler) e construções abstractas, o todo ilustrado por imagens de Lisboa manipuladas ao extremo. Jorge Mourinha (PÚBLICO)

QUEER CITY / CIDADE QUEER, de Danila Bustamante

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14 Outubro, 17h

36min

Corpos que escutam, dançam, resistem, manifestam-se e tornam-se visíveis na cidade contemporânea. Corpos que dançam ao som de funk, rap, samba, voguing, waacking, entre outros estilos sonoros de contestação, de resistência e de luta.

Como através de conversas, jantas, vivências e trocas, uma cidade busca discutir como vivemos e trabalhamos, compartilharmos e sobrevivemos as diferentes histórias e realidades LGBT+?

O mini-documentário “Cidade Queer – Queer City”, dirigido por Danila Bustamante leva o nome do programa desenvolvido ao longo de 2016, tendo São Paulo como panorama, pela parceria entre a Lanchonete.org e a instituição Musagetes, através de sua plataforma online ArtsEverywhere.

Permanências, Ricardo Alves Jr

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14 Outubro, 17h

34 min

“Do lado de dentro o ar é mais denso.”

Direção/Direction: Ricardo Alves Jr.

Roteiro/Screenplay: Diego Hoefel e Ricardo Alves Jr.

Produção Executiva/Executive Production: Rita Cupertino

Fotografia/Photography: Tomas Perez Silva

Montagem/Editing: Ernesto Gogain

Som/Sound: Pablo Lamar

Brasil – 2010 – 34min – HD

Festivais:

Festival de Cannes – Competição Semana da Critica (França)

Janela Internacional de Cinema do Recife – Prêmio de Melhor Filme (Brasil)

Festival del Nuevo Cine Latino Americano de Havana(Cuba)

Rencontres Internationales Paris/Berlin/Madrid 2011-2012/ Museu centro Pompiduo e Museo Reina Sofia

Ostrava Kamera Oko (República Tcheca)

FLEFF 2015 Film – Brazilian Short Films (Estados Unidos)

Ricardo Alves Jr. Diretor e roteirista, nasceu em Belo Horizonte em 1982. É. graduado em cinema pela universidad del Cine, em Buenos Aires. Seu primeiro curta metragem MATERIAL BRUTO (2006), recebeu diversos prêmios no Brasil e no exterior. CONVITE PARA JANTAR COM O CAMARADA STALIN (2007), seu segundo trabalho, foi apresentado no Festival de Rotterdã, Oberhausen, Karlovy Vary e ganhou o prêmio de melhor curta no 40th Festival de Brasilia. Seu terceiro curta PERMANÊNCIAS (2010) foi apresentado na Semana da Critica do Festival de Cannes. TREMOR (2013), seu último quarto curta, teve premier no Festival de Locarno e ganhou o prêmio de melhor direção 46th Festival de Brasilia. Em 2013 teve uma retrospectiva dos seus curtas na Cinemateca Francesa.

AZUL EM JAGUAR TURQUESA, De Daniel Lima

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AZUL EM JAGUAR TURQUESA

De Daniel Lima

Inauguração 11 de novembro de 2017, 16h / até 27 de janeiro 2018

Série de imagens que não guardam respeito a leis narrativas, mas leais ao discurso ficcional das representações.

Daniel Lima é ilustrador e autor de banda desenhada.

Apresentou trabalhos em publicações como o Público, Mis Primeras 80.000 Palabras, Animalaminute, O Independente, Sunday Show, Revista Conhecer e L’officiel da editora Duetto, entre outras.

Participa com regularidade em exposições, quer de banda desenhada, quer de ilustração.

Atualmente é professor no Ar.Co no departamento de Ilustração / Banda desenhada.

Daniel Lima é o autor do desenho do cartaz da BIG 2017, evento onde se insere esta exposição.

CONTEXTUALIZAÇÃO

A BIG – Bienal de Ilustração de Guimarães é uma iniciativa da Câmara Municipal de Guimarães, com a Direção Artística de Tiago Manuel e Direção Técnica de Rui Bandeira Ramos.  Tem como objetivo dignificar o papel dos ilustradores no desenvolvimento cultural, no campo da edição, livros, revistas, jornais, cartazes, suportes clássicos de comunicação de massas e no domínio das novas tecnologias, aliado à referência de Guimarães, como território de reconhecido interesse nacional e internacional, no movimento de fomento de massa critica e na criação na área da ilustração.

Mucho FLow 2017

21463316_10156089910199026_6718298584422121661_n-1Mucho Flow 2017
7 de Outubro
CAAA, Guimarães

DEDEKIND CUT e SEGA BODEGA encerram as confirmações internacionais da quinta edição do Mucho Flow. O festival vimaranense reforça ainda o contingente nacional com FILIPE SAMBADO, EL SEÑOR, 800 GONDOMAR, VEER, DADA GARBECK, MLYNARCZYK. Com regresso marcado para dia 7 de Outubro, no CAAAA, o Mucho Flow volta a apontar os caminhos da música de hoje, antecipando alguns dos nomes que estarão nos ouvidos de todos nos próximos meses.

Os novos nomes juntam-se aos já anunciados HORSE LORDS, GOD COLONY + FLOHIO, SCÚRU FITCAHDU, NADIA TEHRAN e CHINASKEE & OS CAMPONESES. Os bilhetes estão à venda na ticketea por dez euros.

sega bodega
Nadia Tehran
Horse Lords
God Colony + Flohio
Dedekind Cut
Scúru Fitchádu
Filipe Sambado
Chinaskee & Os Camponeses
800 Gondomar
El Señor
Veer
Mlynarczyk
Dada Garbeck
DJ Lynce

Bilhetes:
https://www.ticketea.pt/bilhetes-festival-mucho-flow-2017/
Bilhetes 10€

Pontos de venda:
– CAAA
– Sala 141
– Salado Bar

— muchoflow.net/bilhetes

press@rvlv.net

Apoio: Câmara Municipal de Guimarães
Rádio oficial: Vodafone.FM

Conversas Performáticas

postConversas Performáticas

A propósito da apresentação em Outubro de Pigafetta, um espectáculo de Marcos Barbosa e David Colorado, que tem algumas características singulares, que vão mais além da duração de 24 horas consecutivas, organizamos este conjunto de conversas, que abordam várias questões que envolvem os temas fundamentais desta peça, e que servem de introdução, discussão e preparação para este acontecimento.

Com data a definir, falaremos com Marta Wengorovious sobre a participação do público, e a criação de uma comunidade através da palavra. A conversa é mediada por Marcos Barbosa, e pretende dar a conhecer o trabalho desta artista, que tem vários trabalhos com um conteúdo muito próximo daquilo que acontece no espectáculo Pigafetta.

Anunciaremos brevemente a data desta próxima “Conversa”.

Entrada Livre

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Lisbon Revisited

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de Edgar Pêra

9 Setembro até 10 Novembro

Lisbon Revisited é uma exposição de fotografia e uma instalação 3D anaglífica, composta de imagens inéditas e de alguns fotogramas retirados do filme homónimo.  A exposição  é composta de visões estereoscópicas dos espaços verdes da cidade de Lisboa, momentos congelados, esculturas temporais, uma viagem foto-onírica, legendada pelas palavras de Pessoa. Estreia agora no CAAA numa versão especialmente concebida para o seu espaço.

SOLAR PARAMÉTRICA

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Diogo Tudela

9 Setembro  até 9 Novembro

Mecânica — Diogo Tudela

Atmosférica — Jonathan Uliel Saldanha

Liquidificação especulativa da exo-estrutura da máquina–mundo através da instanciação cénica de um modelo planetário mecânico e luminescente não-figurativo, em arranjo heliocêntrico e de locomoção radial.

Apoio Técnico — Igor Gonçalves

Design Gráfico — Tiago Carneiro

Agradecimentos: Juan Luis Toboso, Tiago Patatas, Maria Luís Neiva,

Ricardo Areias, Vanda Trindade, António Cunha.

Apoio: CAAA Centro para Assuntos da Arte e Arquitectura
Fundação Calouste Gulbenkian

Borderline

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6, 7 e 8 de Julho às 21h30

“O GPS diz “Faça inversão de marcha.”.
E tu fazes, mesmo quando sabes que tens de subir aquela rua e ele te está a mandar descer.
Acabas de fazer inversão de marcha e ele repete naquele tom de quem está preso dentro do armário.
“Faça inversão de marcha.”.
E tu fazes outra vez. E andas meia hora às voltas, antes de decidires confiar mais em ti, do que num aparelho. Quando digo meia hora e aparelho e GPS, quero dizer outras coisas. Quero, talvez, dizer outras coisas.

Tu desligas o GPS. É isso que queres.
Hoje, aqui. É isso que elas querem. Talvez.
Talvez usem um mapa, ou uma bússola ou um mapa e uma bússola. Ou talvez, decidam que não precisam de saber em que direcção estão a andar, para estarem de facto a andar.”

Rita Silva

Texto: Rita Silva
Encenação: Mário Alberto Pereira
Interpretação: Francisca Sarmento, Luísa Dieguez, Marta Ferreira e Mário Alberto Pereira
Sonoplastia: Renato Penino Azul
Artwork: Tiago de Carvalho – Oaktree

M/ 16
Bilhete 3€

Lotação 80 lugares

Reservas + info:
+351 915 044 788
pereiramarioas@gmail.com

Stereotank – Marcelo Ertorteguy e Sara Valente

postInauguração 10 Junho, 16h / até 5 agosto

Stereotank dedica-se a explorar o território comum da arquitectura, arte e som, trabalhando como laboratório de experimentação e criação de artefactos arquitectónicos, instalações, objectos híbridos e instrumentos.

Marcelo Ertorteguy e Sara Valente, fundadores do Stereotank propõem uma nova instalação “site-specific” no Largo do Trovador em Guimarães. Paralelamente, na galeria do CAAA estará uma exposição retrospectiva do trabalho desta dupla, que pretende contextualizar e dar a conhecer os vários projectos realizados e projectados.

Marcelo Ertorteguy e Sara Valente licenciaram-se na Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Central da Venezuela em 2005. Depois de terem leccionado uma disciplina sobre o território comum da arquitectura e som, na mesma faculdade, mudaram-se para Nova Iorque onde se tornaram Mestres na Advanced Architectural Design from Columbia University. Actualmente vivem e trabalham em Miami.

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trípticos, de Luísa Alpalhão

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Inauguração 10 Junho, 16h / até 5 agosto

[ trípticos ] é um conjunto de narrativas fotográficas sobre a transformação urbana e rural em três contextos distintos – Portugal, Okinawa (Japão) e Londres. Inspiradas no conto tradicional de Okinawa, ‘O Pássaro Dourado’, retratam histórias sobre resiliência, re-invenção e demolição – três actos humanos que representam diferentes abordagens a uma transformação social e física. [ trípticos ] ilustra belezas atípicas e estéticas funcionais dando voz ao mundano, captando aquilo que normalmente ignoramos. Apresenta uma história alternativa do dia-a-dia, distante daquilo que é convencionalmente considerado atractivo, questionando a noção de território e de transformação do espaço urbano e rural.

Luísa Alpalhão é arquitecta e artista plástica baseada em Londres e Lisboa e fundadora da plataforma de arquitectura, arte e design atelier urban nomads. O seu trabalho procura reunir diferentes disciplinas creativas através de projectos que exploram a cidade como cenário experimental para a criação de espaços partilhados que nos permitem interpretar a tecido urbano como uma construção colectiva espacial e social.

Os seus projectos, desenvolvidos com o atelier, seguem um processo holístico de design que enfatiza a importância da construção colectiva de narrativas específicas para cada espaço exploradas através do contar de histórias.

Luísa é Mestra em Arquitectura e Interiores pelo Royal College of Art, é bolseira da FCT no Doutoramento em Arquitectura pela Bartlett School of Architecture, University College of London, a terminar em 2017, e lecciona na Faculdade de Arquitetura na University of East London. A sua área de investigação consiste no desenvolvimento de uma metodologia para a criação de processos participativos com o intuíto de se tornarem ferramentas pedagógicas para a co-habitação e exploração de espaços urbanos partilhados.

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Conversas Performáticas

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8 de Julho, 16h

A propósito da apresentação em Outubro de Pigafetta, um espectáculo de Marcos Barbosa e David Colorado, que tem algumas características singulares, que vão mais além da duração de 24 horas consecutivas, organizamos este conjunto de conversas, que abordam várias questões que envolvem os temas fundamentais desta peça, e que servem de introdução, discussão e preparação para este acontecimento.

A primeira conversa aconteceu a 13 de Maio, com David Colorado, que desde Buenos Aires, conversou perfomaticamente com Marcos Barbosa, através do monologo Uma Viagem a Roma, numa experiência de manipulação da peça através da participação do público.

A 10 de Junho, Fadi Skieker e Marcos Barbosa, conversaram sobre uma das questões levantadas por Pigafetta, a relação com o Outro, o estranho que invade o nosso espaço, e a pertinência da ficção como forma de reacção aos acontecimentos reais e dramáticos que nos envolvem. Esta conversa faz a viagem de encontro e desencontro entre a Síria e Portugal, um dialogo de claridade e de sombras, quase quase teatro.

A 8 de Julho é a vez do encontro entre Manuel Fúria, autor da música que fez a banda sonora de Pigafetta e compôs e dirigiu a parte musical do espectáculo O Conto de Inverno, de William Shakespeare, e Marcos Barbosa, encenador dos dois espectáculos. Um encontro com o título Drama per música, onde do texto de Pigafetta (1525), passamos para o Conto de Inverno (1609), invertemos papeis, relemos o texto, e redescobrimos a música que aparece por dentro das peças. Quem interpreta o quê? A conversa acontece às 16h.

A 9 de Setembro falamos com Marta Wengorovious sobre a participação do público, e a criação de uma comunidade através da palavra. A conversa é mediada por Marcos Barbosa, e pretende dar a conhecer o trabalho desta artista, que tem vários trabalhos com um conteúdo muito próximo daquilo que acontece no espectáculo Pigafetta.

Entrada Livre

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Ciclo de Conversas Performáticas

Primeirapost Conversa Performática

Sábado, dia 13 de Maio às 15h

A primeira conversa deste ciclo, funciona como o prefácio para a reescrita do diário de bordo de António Pigafetta. Uma conversa/viagem entre um actor mexicano, a representar sobre um gôndola em Veneza, quando está realmente em Buenos Aires. Ou estará, na voz do público/encenador, no CAAA, em Guimarães, Portugal?

Circum-navegação ficcionada e real, à velocidade da fibra óptica, revolução digital e performática: palavras num diálogo consequente, através do Atlântico.

Diálogo 1: David Colorado (México) e Marcos Barbosa (Portugal). Moderador: Público (Portugal/Argentina).

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Westway Lab 2017 – City Showcases

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8 de Abril

15:30 – OHRN

17:30 – THE  JOOLES

O QUE O CORPO ABRIGA, DE RENAN MARCONDES

POSTInauguração 29 Abril 16h / até 3 Junho

Curadoria de Paulo Aureliano da Mata e Tales Frey

Renan Marcondes é um artista brasileiro que recorre ao uso do seu próprio corpo como principal veículo e suporte da sua produção artística, utilizando-o distanciado da sua inegável humanização, como se pudesse transformá-lo numa espécie de objeto museológico. A exposição reúne vídeos, objetos, fotografias e uma performance ao vivo criada em residência artística.

Renan Marcondes (Brasil, 1991) é artista visual, performer e pesquisador. Seu trabalho compreende os campos da performance, coreografia e instalação. Mestre em Poéticas Visuais pela UNICAMP e especialista em História da arte: teoria e crítica pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, instituição onde também obteve o bacharelado em Artes Visuais. Artista premiado com o Proac primeiras obras de dança 2014, 1º lugar no Setor de performance na sp-arte; artista premiado no 26º Salão de Arte da Juventude do SESC Ribeirão Preto e prêmio estímulo do 40º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto. Em sua formação em dança passou pelos professores Tica Lemos, Key Sawao, Juliana Moraes, Wellington Andrade, Andreia Yonashiro. Membro do corpo editorial da eRevista Performatus. Em 2013 une-se à artista Carolina Callegaro e fundam o Pérfida Iguana, polo de produção em dança contemporânea que dá prosseguimento às pesquisas de Callegaro. Como intérprete, já realizou performances de Laura Lima, no MAM-SP (Bala de homem/carne = mulher/carne), Tino Sehgal, na Pinacoteca de São Paulo (Kiss), Clarissa Sacchelli, no Centro Cultural São Paulo, TUCA e Central Galeria de Arte e integrou a Companhia Perdida em 2013, atuando também como intérprete de Peças curtas para desesquecer (2012). Principais exposições e mostras: Contra corpo 7º Salão dos artistas sem galeria, 11ª VERBO, Festival Now&After, Bienal Internacional de Dança do Ceará; 65° Salão de Abril de Fortaleza, Mostra Performatus #1; ABRE ALAS 10.

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MACUMBA VISUAL, DE ANA SEIXAS

POSTInauguração 29 Abril 16h / até 3 Junho

Curadoria de Paulo Aureliano da Mata e Tales Frey

Ana Seixas tem explorado a sua autorrepresentação como escopo de análise sobre o tempo e a memória por meio da transformação da matéria. A transcendência e, contrariamente, o total ceticismo surgem na visualidade gerada a partir de elementos utilizados tanto em rituais que não pertencem a nenhuma religião específica – cerimoniais desdobrados dos cultos ditos pagãos quando contém alguma espiritualidade – como em rituais diários (banais ou significativos) extraídos da sua própria rotina. A conjuntura é composta por instalações constituídas unicamente de substâncias orgânicas e vídeos que revelam o processo de construção de parte das obras antes das suas apresentações sob a forma de matérias em pleno estado de putrefação.

Ana Seixas (Brasil, 1986), por ter mãe portuguesa passou a ter contato com Portugal desde muito jovem. Em 2004, iniciou os estudos em Ciências Econômicas na Universidade Federal Fluminense no Rio de Janeiro, Brasil. Entretanto, durante este curso, a artista se mudou para Paris, na França. Durante o tempo em que lá esteve, percebeu que o seu caminho seria através da arte e não dos números. Graduou-se em Design de Moda e seguiu este curso por alguns anos até a sua mudança para Portugal. Ao longo de sua Pós-Graduação em Design de Moda voltada para as Artes pela Escola Superior de Artes e Design do Porto, descobriu a sua verdadeira paixão: a Arte Visual – e a liberdade conceitual e experimental permitida por ela. A partir daí, decidiu aprofundar seu conhecimento na área através do curso de Mestrado de Práticas Artísticas Contemporâneas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

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A Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock

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Sábado, 18 Fevereiro, 17h

Entrada livre

No âmbito da exposição “Transparency, Reflection and Colour”, de Marisa Ferreira, será exibido o filme “A Janela Indiscreta”, de Alfred Hitchcock. Uma escolha da artista plástica a marcar o dia de encerramento da exposição.

De Natureza (A)Diversa, de Analice Campos

Pintura#28, 2016, óleo, carvão e tinta sintética sobre tela, 46 x 55 cm

Inauguração 25 Fevereiro, 16h / até 22 de Abril
O projeto De Natureza (A)Diversa equaciona o lugar da paisagem, um dos antigos géneros da história da pintura, no contexto da produção artística contemporânea, nomeadamente no âmbito da pintura e do desenho. A recorrência à história da pintura, por intermédio da paisagem, não propriamente como reativação de um género ou como um posicionamento revivalista, serve apenas como ponto de partida para uma estratégia que pretende explorar as possibilidades de criação de imagens como simulacros da pintura tradicional de paisagem. Desenvolvem-se, assim, pinturas/desenhos com um caráter fragmentado e sem continuidade interna, que têm como referente imagens memorizadas e são o resultado de uma construção em que há uma clara consciência da potencialidade das ações/gestos, e do imprevisto, na construção/desconstrução da imagem de paisagem.

Analice Campos (Rio de Janeiro, 1973)

Mestre em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com formação em Desenho pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, Licenciatura em Comunicação Social pela Universidade do Minho e 1º ano do Mestrado em Educação Visual e Tecnológica no Ensino Básico pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto.

Leciona Pintura, Desenho e Artes Plástica no seu atelier em Matosinhos desde 2008 e, paralelamente, tem desenvolvido o seu projeto artístico «Paisagens Forjada», nomeadamente nas áreas do desenho e da pintura. O desenvolvimento deste projeto exige uma investigação que se processa, por um lado, num plano teórico, que passa pelo estudo sobre a evolução do conceito de paisagem e da produção pictórica correspondente e, ainda, sobre a relação entre a produção contemporânea, ligada a este tema, e o entendimento e sentimento atual acerca daquele conceito, e, por outro lado, num plano que poder-se-ia designar como técnico, na medida em que também é objeto de estudo a associação dos diversos meios da pintura e do desenho entre si, a interação entre materiais considerados tradicionais e os de produção mais recente e a subversão dos modos de fazer.

Possui obras em coleções, como o Fundo Viana de Lima e a AMI, assim como obras em publicações, como «Ver, Fazer, Pensar, Editar – Projeto Atlas: gabinete de Gravura e Desenho da FBAUP.

Em 2016 foi-lhe atribuído o Prémio de Mérito Viana de Lima, O Prémio de Mérito da FBAUP e o Prémio Aquisição Penha d’Águia.

Alqueva, de Rita Catarino e Paulo Palma

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Inauguração 25 Fevereiro, 16h / até 23 de Abril

Alqueva de Rita Catarino e Paulo Palma

O Alqueva é a maior transformação do território Português num tão curto espaço de tempo. É exemplo maior da idade do Antropoceno em Portugal. São 250 km² de território ao longo do rio Guadiana submersos, que para além de constituírem uma profunda alteração na identidade da paisagem Alentejana, operaram um novo paradigma agrícola, apenas possível pela presençade água numa paisagem anteriormente árida.

Este trabalho, tem como intuito originário, revisitar um território que já não existe, que já não está visível, mas que pela herança que deixou e pela cultura que foi construtor, continuapresente na memória colectiva. As imagens e cartografia, apresentadas são apenas contributos que revêm e reavivam, trazem para a superfície uma realidade que é actualmente impossível de restituir. É um jogo entre a ausência física e invisível de um território e um novo olhar que apenas o tenta resgatar, ou retirar metaforicamente da submersão que lhe foi imposto.

A partir da realidade pré existente no momento da construção da barragem, das características físicas, ecológicas e culturais que afirmavam o território, este trabalho pretende ser uma reflexão sobre a importância da memória na construção da Paisagem. Que Paisagem existe depois do desaparecimento de um lugar?

BIOGRAFIAS:

RITA CATARINO (Serpa, 1984)

Arquiteta pela Faculdade de Arquitetura de Lisboa e Bauhaus Universitat em Weimar, tem também formação em Ilustração pela CIEAM da Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Em 2009 foi cofundadora da Oficina de Arquitetura Latitudes, com o objetivo pedagógico de levar a arquitetura às crianças. As oficinas passaram no Programa Nacional de Literacias e Literatura de 2013/14, nas várias edições do Arquiteturas Film Festival, na rede Municipal de Bibliotecas de Lisboa, vários museus e escolas primárias e básicas do país. Das oficinas resultaram revistas, livros e brinquedos arquitetónicos.

A primeira investigação resultou numa Exposição em 2015 no Museu da Luz (Aldeia da Luz, Portugal) e numa exposição integrada no Open House Roma no Complesso Ex Cartiera Latina em Roma e num Jornal em que participaram diversos artistas contemporâneos portugueses.

Paulo Palma (Serpa,1977)

Arquitecto Paisagista pelo Instituto Superior de agronomia e pela Universidade de Évora.

Nos últimos dez anos tem desenvolvido projectos de Arquitectura Paisagista nas diversas escalas de aproximação do território.

Tem desenvolvido também estudos artísticos de investigação relacionados com a transformação do território, a partir do cruzamento de áreas disciplinares distintas, com o objectivo de apreender e divulgar a diversidade da Paisagem. Entre estes destacam-se: “Paisagem Resgatada, crónica sobre o desaparecimento do território do Alqueva”; “O meu pais é o que o mar não quer, permanência e transformação da costa Portuguesa” e “Morfologia da Reforma Agrária, calendário gráfico 1975”.

Desde 2011 é docente convidado da licenciatura em Arquitectura Paisagista no Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa.

Ciclo Biblioteca | My Pages Your Pages, de Priscilla Davanzo

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Inauguração e performance 28 Fevereiro, 16h / até 25 de Março

My Pages Your Pages, conjunto de trabalhos a serem apresentados em forma de instalação inspirados na pesquisa vivenciada pela artista na biblioteca Yehuda Safran no CAAA.

“introdução

imagine uma biblioteca como corpo, como uma pessoa. ela tem sua personalidade e seus trejeitos; suas coisas adoráveis e detestáveis. às vezes é preciso estar com ela, às vezes não. às vezes até se sente saudades. a sua solitária introspeção é um mistério. sempre. e esse mistério desafia que se o desvende. a artista se propõe a conquistar, encontrar, conhecer e se aproximar desse corpo, desse ser que apesar de não estar biologicamente vivo, pulsa vida por todos os lados. uma mistura de trabalho de campo e de contato social é utilizada para gerar a metodologia de abordagem. essa metodologia já vem sido utilizada nos últimos anos pela artista para se aproximar de cidades, rios, populações, edifícios e locais públicos. e agora a biblioteca yehuda safran está na sua meta. a biblioteca, residente no caaa – centro para estudos da arte e da arquitectura em guimarães, portugal, é fruto da coleção particular do filósofo e professor, aficionado por arquitectura, literatura, história e artes no geral. a coleção é um foco particular que demonstra as ideologias e experimentações que perpassaram a vida de yehuda safran.

descritivo

a instalação consiste de um conjunto de trabalhos artísticos que juntos criam um trabalho único, mas que podem ser apresentadas separadamente caso, ao tomarem vida própria, seja necessário. a instalação se apresenta como um álbum de fotografias de memórias conjuntas entre a artista e a coleção da biblioteca, perpassando em alguns momentos particularidades específicas do homenageado, yehuda safran, que em nenhum momento a artista chegou a encontrar ou comunicar, apesar de ainda estar vivo. cada setor, tem um foco particular, no entanto todos perpassam o conceito de afinidade entre a vida pessoal da artista e a suposta vida de yehuda safran, deduzida a partir da observação e decupagem da biblioteca pela artista. nesse padrão das afinidades, a artista parte de livros que ela tem em sua biblioteca – de alguma forma “perdida” no além mar – e que também estão presentes na coleção de yehuda safran.”

Cada Janela É Uma Paisagem Diferente, uma performance interactiva de Priscilla Davanzo

“A artista coloca na mostra a performance interativa que ja vem a desenvolver há algum tempo e dialoga com uma característica que ela própria tem com yehuda safran e, porque não?, sua biblioteca: a questão da diáspora, do estrangeirismo, da migração.”

apresentação dia 28 de fevereiro, das 16 as 20h.

Ciclo Biblioteca com Priscilla Davanzo

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O Ciclo Biblioteca tem como objectivo promover a pesquisa do acervo bibliográfico do CAAA, doado por Yehuda E. Safran.
5 convidados de diversas áreas artísticas irão explorar a biblioteca e apresentar publicamente o resultado da sua pesquisa.
A primeira convidada é a artista Priscilla Davanzo, cuja apresentação irá decorrer em Fevereiro.
Priscilla encontra-se em Residência Artística no CAAA durante o mês de Janeiro.