THE NANCY SPUNGEN X . PUTAS BÊBADAS
22 de Setembro 22h
Entrada 5€
THE NANCY SPUNGEN X
The Nancy Spungen X
é um reboliço de rock and roll com laivos de tudo um pouco e de nada em Geral.. Uma experiência única para desfrutar com afinco sem grandes expectativas… É um momento onde tudo é possível com todo o carinho quando começa a música e acaba mas lá pro meio vai haver muita confusão. Isso é certíssimo.
Sejam bem vindos a mais uma experiência desta banda que promete pouco mas dá tudo.
PUTAS BÊBADAS
Volvidos nove anos desde ‘Jovem Excelso Happy’ e cinco de ‘Orgulho de Ex-Buds’, o bando de meliantes que mais fez por alavancar a imagem das Olaias regressa com ‘Nível Lounge’. Ainda e sempre a banda mais vertiginosa saída da Cafetra, Putas Bêbadas são neste disco um quinteto com a adição mais ou menos recente de Iris a formar uma frente de ataque de três guitarras. Após o estrilho em curtos petardos da estreia e da alucinação colectiva do punk em ‘Orgulho de Ex-Buds’, ‘Nível Lounge’ agarra a banda para fora do abismo e finca os pés no chiqueiro citadino das sombras – pleno de vivências, arrepios, desilusões e expectativas – em sete canções que esticam as dinâmicas e duração em algo mais “complexo” mas (ainda mais) memorável. A sua visão enviesada e muito honesta das coisas é agora transmutada em algo que em termos simplistas sacados da wikipedia encara o grunge na fórmula punk + metal, e é aqui reivindicado na facção ‘Superfuzz Bigmuff’, ‘Bleach’ ou Tad mas com a sensibilidade melódica que o punk sempre pôde ter via Ramones ou Buzzcoks e amplificada a níveis antémicos na década de 90 após ‘Nevermind’ ter mudado, para bem e para mal, as normas. Aqui está tudo certo. A mistura de Kellzo a dar toda a expressividade aos coros, berros e harmonias vocais que se espraiam sobre o ataque cerrado das guitarras, entre a lama de Seattle como moldada por Jack Endino e as cavalgadas trashy de ‘Bonded By Blood’ dos Exodus. Alinhadas na correnteza melódica do baixo e nas guinadas de bateria do abandono punk ao mid tempo headbanger, estas setes canções lembram-nos quase sempre algo que nunca imaginamos desta forma. Uma espécie de sonho, portanto. E nunca, nunca revisionista. Afinal, nunca foi preciso um revival de Nirvana porque as canções sempre estiveram aqui, connosco. Podemos igualmente guardar para hoje e memórias futuras estes pedaços de realidade abjecto-filosóficos para quando deles precisamos. Agora será um bom momento. O futuro também, mas já que aqui estamos…