MARIA JOSÉ OLIVEIRA . UNIVERSOS EM VIAGEM


Inauguração 12 novembro 15h | até 28 janeiro 2022

curadoria Paula Parente Pinto

Maria José Oliveira acredita na transformação cíclica de todos os elementos; por isso, tem a capacidade de fazer ressurgir objectos e sentidos que engendram inesperados cruzamentos entre universos. O seu resgatar constante das coisas imperceptíveis, das coisas sem valor, ou das coisas que acontecem contra a nossa vontade, lembra-nos que a supressão de qualquer ser, objecto ou resíduo, por mais superficial ou inútil que pareça, destrói as continuidades entre vários universos. É sobre este resgate transformador do quase invisível, que se constrói o maravilhamento destes “Universos em Viagem”.

Folha de sala MJO

 

MARIA JOSÉ OLIVEIRA (Lisboa, 1943)

Em 1967 fez pesquisa de fornos de chão em Ribolhos (Viseu) com Mestre Albino, um dos últimos oleiros arcaicos. O interesse pela cerâmica levou-a a realizar o curso no IADE entre 1973 e 1976. Frequentou ainda o curso de escultura do Ar.Co em 1978/79, onde entre 1991 e 1997 foi professora convidada no Departamento de Cerâmica.

Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 1996, com a qual preparou a exposição “Dimensões – Da Vida da Terra” (Museu de arte antiga, 1999).

Expões individualmente desde 1987: Artefacto 3, Lisboa, 1987; Museu Nacional do Traje, Lisboa, 1988; Galeria Arcada, Estoril, 1989; SNBA, Lisboa, 1990; Giefarte, Lisboa, 1994; Galeria Trem e Arco, Faro, 1997; Galeria Municipal de Faro, Faro, 1997; Galeria Diferença, Lisboa, 1997; Sala do Veado, Museu de História Natural, Lisboa, 1998; Casa das Artes de Tavira, Tavira, 1998; “Jarros – Azulejos, Objectos Cerâmicos e Desenhos”, Galeria Ratton, Cerâmicas, Lisboa, 2000; Casa-Museu Bissaya Barreto, Coimbra, 2001; Galeria Diferença, Lisboa, 2001; Giefarte, Lisboa, 2001; Évora-Arte, Évora, 2002; Biblioteca Calouste Gulbenkian, 2002; “Natureza/ Cultura”, Museu Almeida Moreira – Grão Vasco, Viseu, 2003; “Mas Onde Nós Estamos é a Luz – Primeira parte”, Galeria Arte e Manifesto, Porto, 2003; “Mas Onde Nós Estamos é a Luz – Segunda parte”, Galeria Giefarte, Lisboa, 2004; “20 para as 6”, Galeria Jorge Shirley, Lisboa, 2004; “Analogias”, Giefarte, Lisboa, 2006; “Cíclico”, Galeria Artadentro, Faro, 2006; “A Geometria do Tempo”, Fundação Carmona e Costa, Lisboa, 2007; “O Corpo Contentor”, Galeria Jorge Shirley, Lisboa, 2008; “Cone de Sombra, Linha de Luz”, Sala Cinzeiro 8 – Museu da Electricidade, Lisboa, 2010; “Actualidade do Ovo e da Galinha”, Espaço Quadrado, Galeria Diferença, Lisboa, 2016; “Maria José Oliveira- 40 anos de trabalho”, SNBA, Lisboa, 2017; “Estamos aqui porque voámos”, Museu Municipal de Faro, Faro, 2021; “A invenção dum outro”, Museu Rainha Dona Leonor, Beja, 2022.

Está representada em diversos museus e colecções públicas e privadas.

 

PAULA PINTO (Porto, 1971)

Formada em Artes Plásticas-Escultura pela Faculdade de Belas Artes na Universidade do Porto (1998), obteve o grau de Mestre em Cultura Urbana atribuído pela Universidade Politécnica da Catalunha (2004) e concluiu o Doutoramento em Estudos Visuais e Culturais na Universidade de Rochester, Nova Iorque (2016).

Trabalhou como investigadora e produtora de exposições no Museu da Faculdade de Belas Artes do Porto (1998-1999) e no Museu de Arte Contemporânea de Serralves (2000-2002). Em Serralves foi responsável pelo ciclo “Artistas e Situações afirmadas no Porto da 2ª metade do séc.XX”, sob o qual coordenou as seguintes exposições: “Porto 60/ 70: Os Artistas e a Cidade”, “Fernando Lanhas”, “Sem Prata, Ângelo de Sousa” e “Confesso, de Albuquerque Mendes”.

Tem comissariado inúmeras exposições, entre as quais: “Ângelo de Sousa: Uma escultura, 1972” (Guimarães: CAAA_ Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, 2012); “Ângelo de Sousa [1938-2011]: Ainda as Esculturas” (Guarda: Galeria do Teatro Municipal, 2012); Em 2014 comissariou (com Joaquim Moreno) a exposição “Guido Guidi: Carlo Scarpa. Tomba Brion” (Lisboa: Galeria Sul do Centro Cultural de Belém); “Stefano Serafin: arte em estado de guerra” (Guimarães: Centro Internacional de Arte José de Guimarães, 2017) e “Ernesto de Sousa: a mão direita não sabe o que a esquerda anda a fazer” (Bienal de Cerveira, 2017); “Carlos Nogueira. Fotografias de trabalho” (Lisboa: Arquivo Fotográfico de Lisboa, 2018) e “João Dixo. Exposição cancelada” (Vila Real: Museu da Vila Velha, 2018). Em 2019 estendeu a curadoria da exposição “Stefano Serafin: arte em estado de guerra” para a Galeria da Avenida da Índia. Com Joaquim Moreno co-curou a exposição “Guido Guido: Caçador de Sombras” (Porto: Escola das Artes da Universidade Católica, 2019) e “R2/ Fabrico Suspenso: Itinerários de Trabalho” (S. João da Madeira: Centro de Arte Oliva, 2019); Curou ainda a exposição “José Barrias: Escrever com a Luz. Notas para a Biografia de uma Sombra” (Guimarães: CAAA, 2019); “Bárbara Fonte: Neste corpo não há poesia (Guimarães: CAAA, 2020); “Que horas são que horas? Uma galeria de histórias” (Porto: Galeria Municipal da Biblioteca Almeida Garrett, 2020); “Eu, Albuquerque Mendes” (Vila Nova de Gaia: 4ª Bienal Internacional de Arte Gaia, 2021); “Arquigrafias: Guido Guidi e Álvaro Siza” (Matosinhos: Casa da Arquitectura, 2021); “Albuquerque Mendes: corpo de performance” (Vila Real: Museu da Vila Velha, 2021); Nós somos de Paris. Ursula Zangger: Vieira da Silva e a comunidade de artistas portugueses emigrados em Paris nos anos 60″ (Guimarães: CAAA, 2021); “Egídio Álvaro: Lembrar o Futuro” (Porto: RAMPA, 2022); “Grupo Puzzle (1976-1981)” (Bragança: Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, 2022).

É autora de vários livros. Com Maria José Oliveira colaborou na revista Leonorana 4: Cuidar (Porto: 2020).

 

Apoios:

 

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